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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse na
manhã desta terça-feira (4) que, "por enquanto", não vê a
necessidade de um racionamento de água no Estado.
Segundo Alckmin, a medida será evitada. "Estimulamos o combate
ao desperdício de água. As pessoas que economizarem 20% do
consumo terão mais 28% de desconto [no valor da conta]. Ou seja,
a conta reduz praticamente pela metade", afirmou o governador,
referindo-se à campanha da Sabesp lançada no fim de semana.
Entretanto, o governador reforçou que também é necessário que
chova para que que o incentivo à economia tenha sucesso.
"Estamos confiantes de que essa medida será suficiente. Vai
depender da questão das chuvas. Estamos em fevereiro e ainda não
choveu. A expectativa é que chova a partir do dia 15", disse. |
VALINHOS
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A cidade de Valinhos, a 85 quilômetros de São Paulo, começou a
adotar o sistema de racionamento de água. Lá, o serviço é
administrado pela prefeitura da cidade.
A medida começou a funcionar ontem devido ao período de estiagem
que atinge o Estado neste verão e a falta de água nos
reservatórios que abastecem o município.
Segundo o Departamento de Águas e Esgotos de Valinhos (Daev),
o rodízio deve funcionar da seguinte forma: a cada dia, técnicos
de um centro de controle operacional observam o nível dos
reservatórios e a pressão da água.
Em seguida, verificam quais bairros ficaram menos abastecidos em
relação aos demais. A partir daí, sempre que necessário, a água
que seria distribuída pela rede a outros bairros passa a ser
destinada a estes locais.
OUTROS MUNICÍPIOS EM ALERTA -
Outras cidades do interior paulista, como Campinas, Piracicaba,
Limeira e Rio Claro, estão sob o risco de enfrentar um
racionamento de água ainda neste mês.
A mesma situação é vivida em São Carlos e
Descalvado.
Em Campinas, a terceira maior cidade paulista, o racionamento é
tido como "inevitável" por autoridades locais se não chover nos
rios da região até o dia 20.
O volume de água armazenado no sistema Cantareira, que abastece
cerca de 9 milhões de pessoas na região metropolitana de São
Paulo e 5,5 milhões na região de Campinas, já atinge menor
patamar em uma década -com 21,2% da sua capacidade hoje.
DESCALVADO -
Na manhã desta quarta-feira (5) em uma reunião junto à imprensa
local que contou com a presença do prefeito municipal Henrique
Fernando Nascimento (PMDB) e de boa parte do seu secretariado, o
secretário municipal de meio ambiente e recursos hídricos,
Valdecir Marcolino, reiterou que por enquanto o risco de
racionamento está afastado, porém, para essa situação se
mantenha, será preciso que toda a população colabore com a
economia de água. Apesar da situação das duas principais
represas de abastecimento do município (Rosário e Calmon)
estarem em uma situação menos crítica do que aquela encontrada
logo nos primeiros dias de 2014, graças à
transposição feita de
forma emergencial diretamente do Córrego da Onça para as
represas, ainda é preciso que a população se conscientize de que
existe a necessidade de economizar água, já que a falta de chuva
que atinge o município e toda a região, têm influenciado
diretamente a reposição do recurso natural que sofre com a
estiagem.
*Com informações de Valor
Econômico S.A.
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