Vizioli subiu ao altar sem batina e durante a vigília mudou o
discurso. Antes o padre pediu para que os seguidores ficassem em
casa rezando por ele, mas na noite de segunda-feira disse que a
manifestação nas ruas era um direito deles e que ninguém poderia
impedi-los, ainda mais por uma expressão de fé e emoção. Além
disso, o padre afirmou que em duas semanas os fieis terão mais
uma surpresa. Segundo uma seguidora que não quis se identificar,
na próxima segunda-feira (24) o padre estará de volta para
realizar outra vigília.
Depois de benzer os
fiéis com água benta, ele desceu do altar escoltado por vários
seguranças. A reportagem tentou conversar com o missionário, mas
ele preferiu manter o silêncio.
Para os
seguidores, a vigília foi um presente. “Eu sou voluntário da
igreja e para mim é uma emoção enorme ver o padre de volta.
Estou super emocionado e não quero que ele vá embora de Rio
Claro”, disse o autônomo Adilson Donizete.
“Muitas pessoas
voltaram para a igreja católica por causa da palavra dele. Para
mim, ele é iluminado, porque tem o dom da palavra e as mãos
abençoadas, mas querem tirar isso da gente, não pode”, protestou
a autônoma Vanderli Rodrigues.
Para a dona de
casa Aparecida Almeida, o missionário faz falta. “Eu quero que
ele volte, a gente precisa dele aqui em Rio Claro. Esse período
em que ficamos sem ele foi bem ruim, senti bastante falta”,
relatou.
SEM DESTINO
- A Arquidiocese de Piracicaba afirmou, entretanto, que a ordem
dos claretianos de São Paulo é de que a transferência dele é
certa, mas o destino não foi informado.
HISTÓRICO
- Gaúcho, o padre Jocelir vive em Rio Claro há 13 anos e aos
poucos atraiu uma multidão para suas missas. Durante seu último
sermão, que está disponível no YouTube, relembrou que sua
primeira missa atraiu 14 pessoas.
Há quatro anos
precisou erguer um novo local para abrigar seus seguidores. A
igreja Nossa Senhora do Caravaggio foi construída em oito meses,
com ajuda dos fiéis. As missas aconteciam sempre às
segundas-feiras, quando atraíam até nove mil pessoas, e às
sextas, com um público de cinco mil fiéis.
Em 2003, foi
investigado por ser suspeito de agredir uma mulher e uma
adolescente. Segundo a Polícia Civil, um caso foi arquivado e o
outro corre em segredo de Justiça.
*Com informações do G1/São
Carlos
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