|
 |
“O senhor
quebrou o nosso esquema. Com meu dinheiro eu nunca consegui
comprar nem bicicleta”. Foi com essas palavras que um dos dois
homens detidos pela Delegacia de Investigações sobre
Entorpecentes (DISE) de São Carlos no fim da manhã desta
quarta-feira (15) lamentou a perda de seus carros.
O "esquema" a que
se referia o homem começou a ruir em dezembro, quando a DISE
realizou uma operação de busca e apreensão de drogas em uma
residência do Redenção, o bairro dos suspeitos, que têm 27 e 29
anos. No local, os policiais se depararam com diversos objetos,
todos produtos de furto. |
|
Desconfiada do envolvimento da dupla em outros crimes, a equipe
da delegacia realizou diligências e, após um mês de
investigação, descobriu que os homens haviam comprado cinco
veículos com R$ 120 mil furtados no ano passado de uma empresa
localizada na Avenida Getúlio Vargas.
Com o dinheiro
"sujo", foram adquiridos de forma "legal" uma Saveiro, um Audi,
um Voyage e dois Ômegas - frota usada, segundo os policiais,
para furtos em São Carlos, Americana, Botucatu, entre outras
cidades, em um ciclo do crime.
| O
PRIMEIRO FURTO
- De acordo com o delegado, os homens contaram que, no
dia do furto à empresa, passaram nas imediações do local
e viram compressores e motosserras. Eles furtaram os
itens e, ainda na empresa, localizaram um cofre e
tentaram colocá-lo em um Corcel que seria usado na fuga.
O cofre, porém, era muito pesado e eles conseguiram
arrastá-lo apenas até o pátio da empresa. Na tentativa
frustrada de abrir o baú, eles chutaram uma gaveta, que
se abriu revelando diversos pacotinhos de dinheiro – os
R$ 120 mil que seriam usados para o pagamento dos
funcionários da empresa no dia seguinte. |
 |
OSTENTAÇÃO
- Para quem nunca conseguiu comprar "nem bicicleta", R$ 120 mil
é valor suficiente para "subir à cabeça". Após o primeiro furto,
os dois, segundo o delegado, viveram dias de “bacanas”. Além de
adquirirem os veículos, eles gastaram o restante do dinheiro
furtado comprando drogas, indo a boates e comendo à vontade em
rodízios de carne, tudo isso compartilhado, ainda de acordo com
os policiais, com amigos viciados em entorpecentes.
Depois de contarem
isso à polícia, os dois foram soltos porque não têm antecedentes
criminais. O delegado, porém, solicitou a prisão preventiva da
dupla e o resgate dos veículos, que devem ser leiloados. A
decisão, agora, caberá à Justiça.
*Fonte:
Portal K3 / Fotos: Divulgação
|
