O programa “Jovem Aprendiz Rural” é destinado a adolescentes de 14 a 17 anos e
11 meses, matriculados na rede municipal de ensino e na escola “José Ferreira da
Silva”, que pertence à rede estadual. Fazem parte do seu conteúdo 600
horas/aulas, durante 150 dias, de segunda às sextas-feiras, das 13h às 17h, em
que os alunos, no contraturno de estudo, têm aulas teóricas, incluindo noções de
cidadania, e práticas da lida rural como cuidados com pequenos animais, formação
de hortas, recuperação de áreas degradadas e plantio de árvores frutíferas.
É o Senar quem financia e treina os
instrutores do programa e oferece todo o material didático para os alunos. O
Sindicato Rural seleciona os participantes, com bases em critérios como
parentesco de produtores rurais e situações de desemprego, por exemplo,
administra e acompanha o andamento do curso. A Prefeitura de Descalvado oferece
locomoção, salas de aula, equipamentos audiovisuais e ainda ferramentas e
equipamentos agrícolas para as aulas práticas. Já a empresa Evialis, do ramo de
nutrição animal, fornece a alimentação dos animais a serem estudados.
As demais parcerias resultam em colocação no mercado de trabalho desses jovens,
como é o caso da Unicastelo que oferece anualmente três vagas de aprendizes, os
quais são agraciados com bolsas de estudo. Para a Unicastelo, o programa serve
ainda como extensão das pesquisas realizadas pelo Mestrado em Produção Animal e
para o cumprimento de sua missão social, interagindo junto à sociedade local.
Para o presidente do Sindicato Rural, o programa é de extrema relevância para os
jovens, pois tem atuação direta na formação de seu caráter: “o Jovem Aprendiz
Rural é uma ação de extrema relevância, porque mexe com o caráter desses
adolescentes numa fase difícil, tanto para eles quanto para as suas famílias. O
programa representa ainda o pontapé inicial na vida profissional dos
participantes. E olha, quando você encontra um pai ou uma mãe que lhe diz, muito
obrigada meu filho mudou, mudou na escola, mudou em casa, já está trabalhando...
Isso é muito gratificante!”, se emocionou Luís Fioroni.
Para quem participa do programa, a oportunidade é única: “eu só ficava em casa,
jogando videogame, mas agora meu dia vai estar comprometido, vou aprender coisas
novas, a mexer na terra, plantar, lidar com animais. Tenho certeza que vai ser
muito bom pra mim”, disse Michael Spósito Camilo, 15, estudante da 8ª série da
‘EMEF Maria Sylvia Traldi de Marco.
Seu pai, bastante satisfeito pela oportunidade concedida ao filho, também
elogiou a iniciativa: “vai ser muito bom para meu filho, como para todos que
irão participar. Vão aprender e sair daqui, quem sabe com uma profissão”,
destacou o senhor Admilton Antônio Conceição Camilo, 42, tratorista. |
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Vale destacar que o programa ‘Jovem Aprendiz Rural’ é totalmente gratuito e
acontece em dois turnos, manhã e tarde. Em curso os alunos recebem além do
ensino, alimentação com café da manhã, almoço e café da tarde.
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SINDICATO
RURAL PATRONAL MAIS ATUANTE
– Desde que assumiu a presidência do Sindicato, em 2004,
Luis Fioroni identificou a necessidade do órgão ser mais
atuante e condizente com as necessidades e demandas do
município.
“Fui
convidado para participar de uma chapa, em 2004, para
concorrer às eleições do Sindicato, a qual foi
vencedora. Assumi a presidência que é um serviço
voluntário, pois não tenho remuneração e tive a sorte de
ter ao meu lado com a Marli Furtado, que entendeu meus
propósitos e juntos, conseguimos dar um outro segmento
ao Sindicato”, explicou.
Fioroni
conta que o município foi um grande produtor de
cereais, feijão, milho, gado, leite, mas, com o passar
dos anos, essas culturas foram sendo deixadas de lado e
a produção se concentrou somente na cana. “As colônias
que tinham nas fazendas naquela época desapareceram, |
as
necessidades passaram a ser outras. Então foi preciso dar
uma guinada no Sindicato na questão dos cursos, que eram
muito poucos. Hoje temos feito uma média de 72 cursos
por ano e dois programas como o do Jovem Aprendiz Rural
e o da olericultura orgânica (produção da verdura
orgânica) que também já teve início”. |
Além desses o
Sindicato, através do Senar, também oferece o programa de
Turismo Rural que este ano não será ministrado por falta de
público (interessados) e o Pró-Leite, porque não conseguiram uma
propriedade fornecedora de leite disponível para a aplicação da
aprendizagem.
Além disso,
também realizam os cursos sociais, geralmente de pães e
embutidos, desenvolvidos junto à pessoas atendidas pelo Centro
de Referência e Assistência Social (CRAS) do município.
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