cores com uma escala de
gravidade do caso. O paciente é classificado em uma das cinco
prioridades por número, nome e cor para chegar à observação médica
inicial. Na última
quinta-feira (9), o médico Lenon Tiossi e a enfermeira Juliana Raimundo
Tiossi, ambos coordenadores do Pronto Socorro, acompanhados ainda pela
enfermeira Annie Jiupato [coordenadora da Maternidade] receberam
representantes do Corpo de Bombeiros, do Serviço de Atendimento Móvel de
Urgência (SAMU), das equipes de resgate das concessionárias das rodovias
que cortam a região, da Polícia Militar, além dos representantes das
secretarias de saúde das cidades de São Carlos, Dourado, Ribeirão
Bonito, Descalvado,
Ibaté e Porto Ferreira, para a apresentação dos novos fluxos internos na
recepção dos pacientes tanto no Pronto Socorro como na Maternidade, por
meio da classificação de risco.
De acordo com Juliana, o
'Manchester' é também uma ferramenta de gestão, já que os auditores
trarão para a Santa Casa normas que vão organizar os fluxos no
acolhimento dos pacientes. “Para a população esse assunto pode parecer
muito técnico. No entanto, vale ressaltar que com o protocolo Manchester
diminuem-se expressivamente as mortes evitáveis no serviço de urgência”,
disse.
Para o diretor
superintendente da Santa Casa, Gilberto Brina, existen casos onde
pacientes que procuram o Pronto Socorro da Santa Casa deveriam no
primeiro momento, procurar as Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos
bairros. “Esses casos serão classificados com as pulseiras verde e azul.
Certamente essas pessoas terão de aguardar por mais tempo, que as que
correm risco de morte”, sinalizou.
O processo de
implantação do protocolo 'Manchester' consiste em três etapas. A
primeira configurou-se com o treinamento da equipe, quando foi ensinado
a usar a ferramenta de classificação. Na segunda etapa, os auditores
farão um acompanhamento presencial da equipe da Santa Casa durante o
atendimento do Pronto Socorro, aplicando assim a classificação de risco.
Posteriormente, os auditores irão avaliar a estrutura física do hospital
e sugerirem - quando for o caso -, as adaptações e reestruturações
necessárias para que o espaço ofereça um acolhimento mais adequado ao
paciente.
ANÁLISE
- De acordo com a enfermeira e auditora do Grupo Brasileiro de
Classificação de Risco, Gabriela Fontoura, que veio de Belo Horizonte
(MG) para ministrar o curso para 20 pessoas entre médicos e enfermeiros
da Santa Casa, o protocolo 'Manchester' é de grande valia para as
instituições de saúde, uma vez que ele é validado cientificamente com
inúmeros estudos, comprovando a resolutividade do procedimento
classificatório dos pacientes.
“Além de ser uma
ferramenta assistencial, o Manchester proporciona uma maior segurança
para o paciente, já que todos serão atendidos não por ordem de chegada,
mas pela gravidade que ele apresenta do seu quadro clínico, após passar
por um profissional de saúde treinado e gabaritado pelo protocolo”,
ressaltou a auditora.
HISTÓRICO
- O protocolo Manchester recebeu este nome por ter sido aplicado pela
primeira vez na cidade de Manchester, Inglaterra, em 1997. Hoje, vários
países da Europa já utilizam o sistema de forma praticamente integral.
No Brasil, o estado de Minas Gerias foi o pioneiro na implantação do
sistema pela rede pública de saúde, em 2010. Atualmente, o 'Manchester'
está pressente em 17 estados brasileiros.
*Com informações do
Jornal Primeira Página - Foto: Hever Costa Lima
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