“Eu fiz diversas pesquisas em diversos fornecedores e esse fornecedor
foi o que se mostrou mais atraente. Ele tinha um preço 20%, 25% menor”,
contou. A empresa prometeu fazer a entrega até o dia 8 de agosto, mas,
até agora, a geladeira não chegou. “Eu entrei no site, no Reclame Aqui,
e aí eu vi que tinha um monte de reclamações”.
Uma loja de móveis da
cidade também ficou no prejuízo, vendeu 34 peças por mais de R$ 4 mil e
parcelou em quatro vezes para os donos do site. “Pagaram o primeiro
cheque e depois, na hora em que depositamos o segundo cheque, eles
sumiram, desapareceram, não conseguimos encontrar mais”, relatou o
empresário Rogério Ferreira.
Ele foi até o endereço
de entrega dos produtos, mas a casa estava vazia. “Era um endereço da
residência, não da loja, e depois que o cheque voltou nós fomos a esse
mesmo endereço, loja fechada e, conversando com uma vizinha, ela falou
que do mesmo jeito que nós descarregávamos em um dia, no outro dia
encostava um caminhão e retirava”.
FORA DO AR
- A página, inserida na lista dos sites não recomendados pelo Procon,
não está mais disponível na rede. Na Receita Federal, ela tinha o mesmo
registro, o mesmo CNPJ, de uma loja de bolsas e acessórios que ficava no
Centro de São Carlos. Quando o comércio fechou as portas, a página
entrou no ar.
“O CNPJ da empresa
remete ela a São Carlos, São Paulo, e o SAC era em São Paulo”, comentou
o diretor do Procon no município, Joner Nery, afirmando que esse não era
o único indício de fraude. “Eles aceitavam todos os tipos de cartões,
no entanto, quando o consumidor pedia para efetuar a compra no cartão, a
opção estava temporariamente indisponível”, disse.
Isso levava os clientes
a comprar no boleto, no qual a empresa oferecia até 50% de desconto.
“Por quê? Efetuou o pagamento, o dinheiro cai na conta e o consumidor
fica impossibilitado de rever esses valores”, explicou Nery.
“Eles são
estelionatários, eles não apenas venderam e não entregaram, e sim
compraram e não pagaram. Existem diversos cheques sem fundo repassados
por esses criminosos”, completou.
O Procon enviou as
denúncias para o Ministério Público, que encaminhou o caso para a
Promotoria de Justiça do Consumidor em São Paulo. As punições, segundo
Nery, vão da esfera cível, com reparação de danos, incluindo dano moral,
até a esfera criminal, com a prisão dos envolvidos.
*Fonte: G1/São Carlos
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