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A procura por cursos de capacitação voltados para empresários cresceu em média
20% no segundo semestre deste ano na comparação com o período de janeiro a
junho, segundo o Sebrae. São empreendedores preocupados com a melhoria do
atendimento e a satisfação dos clientes, duas armas para deixar a crise para
trás. Clélio Rodrigo
Bacaglini, por exemplo, fez oito cursos nos últimos meses para
administrar melhor o restaurante que mantém em Araraquara. Para
ele, os mais importantes foram o de empreendedorismo e o de
gestão financeira, que estão dando resultados. Com o que
aprendeu, ele conseguiu evitar desperdícios na cozinha e
aumentar em 40% a produção. Além disso, o faturamento cresceu
30%. |
“Antes a gente trabalhava com aquela linha de fluxo de caixa em
papel e eu consegui chegar às planilhas próprias para um fluxo
de caixa completo. Hoje eu sei o controle do meu dia, minha
semana, meu mês, eu sei o que eu posso fazer no mês seguinte,
então isso contribuiu muito”, contou.
A diretora
comercial Mércia Loreto também escolheu investir em
conhecimento. A empresa em que ela atua, em Américo Brasiliense,
atende o pequeno varejo e vende produtos como máquinas de
emissão de cupons fiscais. As vendas caíram 40% de fevereiro a
julho porque os clientes estavam preferindo consertar os
equipamentos ao adquirir itens novos e os cursos surgiram como
uma saída para mudar o cenário.
Os funcionários
se dedicaram às aulas de assistência técnica, vendas e
administração. Mais seguros, apostaram em uma novidade, um
equipamento que calcula automaticamente os produtos vendidos.
“Antes o
comerciante tinha que ter um computador, um programa que fazia
vendas e controle de estoque, uma impressora fiscal e um
equipamento para emitir esse cupom fiscal. Hoje, não, ele tem
tudo em um só”, disse Mércia.
Eles apostaram
também em um trabalho de divulgação e a estratégia da empresa
resultou em um aumento de 30% nas vendas desde julho. “Tudo que
tiver na nossa área, de venda, de administração, [vamos] sempre
fazer os cursos, é sempre muito válido”.
CONHECIMENTO
- O gerente regional do Sebrae, Daniel Palácio, explicou que,
antes de se aperfeiçoarem, os comerciantes costumam cometer três
erros: misturam as contas pessoais com as da empresa, não se
preparam para pagar os funcionários no fim do ano e não sabem
controlar os custos.
“Ele pode correr
um sério risco de ter um faturamento baixo ou então ter produtos
com baixa lucratividade, o que representa um resultado final
ruim para a sua empresa”, afirmou.
Mas isso muda
com a capacitação e a melhor organização. “Em 2016, tem um
cenário cauteloso para o empresário, ele precisa realmente se
capacitar”, defendeu Palácio.
*Fonte:
Portal do Governo do Estado / Foto:
Rodrigo Sargaço
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