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O mercado financeiro estima um encolhimento maior do Produto Interno Bruto (PIB)
neste ano e um crescimento mais intenso da inflação, segundo o relatório de
mercado do Banco Central, fruto de pesquisa com mais de 100 instituições
financeiras. Os números do levantamento foram coletados na semana passada e
divulgados nesta segunda-feira (9) pelo BC.
Para o PIB, a
previsão de retração passou de 0,58% para 0,66% – o que, se
confirmada, será a maior contração da economia brasileira desde
1990, quando se retraiu 4,35%, ou seja, em 25 anos. A piora na
projeção do mercado, na última semana, foi a décima seguida. |
O PIB é a soma de todos os bens e serviços feitos em território
brasileiro, independentemente da nacionalidade de quem os produz, e
serve para medir o comportamento da economia brasileira. Para 2016, o
mercado baixou sua expectativa de uma alta de 1,5% para um crescimento
um pouco menor, de 1,40%.
RECESSÃO
- As previsões do mercado financeiro mostram que um cenário de recessão
no fim de 2014 e início de 2015 não pode ser descartado. A recessão
técnica se caracteriza por dois trimestres consecutivos de contração do
PIB.
A prévia do PIB
divulgada recentemente pelo Banco Central indicou uma retração de 0,15%
no PIB em 2014. Nos três últimos meses do ano passado, contra o
trimestre anterior, o PIB teria registrado uma contração também de
0,15%, segundo a prévia divulgada pelo BC.
Os dados oficiais do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o PIB do
quarto trimestre do ano passado, e também de todo ano de 2014, serão
divulgados somente em 27 de março. No fim de outubro, o IBGE informou
que a economia brasileira saiu por pouco da recessão técnica no terceiro
trimestre de 2014 – quando o PIB cresceu 0,1% na comparação com o
trimestre anterior.
INFLAÇÃO
- A expectativa dos analistas para o Índice de Preços ao Consumidor
Amplo (IPCA) deste ano, que estava em 7,47% na semana retrasada, subiu
para 7,77% na última semana. Foi a décima alta seguida na estimativa
para a inflação de 2015. Se confirmada, a taxa de 7,77% será a maior
desde 2003, quando ficou em 9,3% – ou seja, em 12 anos. Para 2016, a
previsão do mercado subiu de 5,50% para 5,51%.
Com isso, a estimativa
do mercado para o IPCA de 2015 segue acima do teto do sistema de metas
do governo. A meta central de inflação para este ano e para 2016 é de
4,5%, com tolerância de dois pontos para mais ou para menos. O teto do
sistema de metas, portanto, é de 6,5%. Em 2014, a inflação ficou em
6,41%, o maior valor desde 2011.
Na semana passada, o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a
inflação oficial do país, medida pelo IPCA, ficou em 1,22% em fevereiro,
depois de avançar 1,24% em janeiro. No acumulado de 12 meses, o
indicador acumula alta de 7,7%, a mais elevada desde maio de 2005,
quando atingiu 8,05%.
Segundo analistas, a
alta do dólar e dos preços administrados (como telefonia, água, energia,
combustíveis e tarifas de ônibus, entre outros) pressionam os preços em
2015. Além disso, a inflação de serviços, impulsionada pelos ganhos
reais de salários, segue elevada.
*Com informações do
G1/Economia
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