O acidente foi causado pelo rompimento da contenção de uma lagoa e
provocou a queda brusca de oxigênio na água do rio, levanto à morte de
animais como os da espécie peixe-sapo, que corre risco de extinção.
Equipes da Companhia de
Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) e do Centro de Pesquisa e
Treinamento Aquicultura (Cepta) de Pirassununga foram ao rio e
verificaram prejuízos. “Nós constatamos o lançamento de água residuária
proveniente do tanque de armazenamento da usina. Constatamos que a água
está realmente atingindo o rio", disse o engenheiro Thales Rissi, da
Cetesb, na época.
Com base na Companhia, O
Ministério Público apontou que a usina foi negligente porque não
realizou a manutenção periódica e a remoção de sedimentos dos tanques de
armazenamento de resíduos, o que provocou a sobrecarga e o consequente
rompimento da contenção.
MEDIDAS
- O projeto solicitado pelo TRF deverá ser aprovado pelo Instituto Chico
Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e incluir lagoas
marginais e as áreas de preservação permanente afetadas, como o Parque
Estadual Vassununga.
De acordo com a decisão,
a usina também deverá adotar medidas de prevenção, como a instalação de
dispositivos para contenção de vazamentos. Essas ações deverão ser
acompanhadas e aprovadas pela Cetesb e poderão resultar em multas
diárias de R$ 10 mil em caso de descumprimento.
USINA
- Na época do vazamento, o departamento de comunicação da usina informou
que não houve derramamento de vinhaça (resíduo de cana-de-açúcar) e que
iria apurar, juntamente com os órgãos ambientais, o motivo da morte dos
peixes.
Afirmou ainda que,
devido às fortes chuvas, uma represa de contenção não suportou a demanda
e rompeu, e que no local havia apenas água da chuva e de nascentes, sem
nenhum produto químico.
*Fonte: G1/São Carlos - Fotos: Mário Zambelli e Luiz Pitanguy
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