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Moeda com a pior performance em 2015 entre as mais relevantes do mundo, o real
vai continuar a enfraquecer até o final deste ano, e não vai se recuperar antes
de 2019, segundo estimativas feitas pelo "Bloomberg LATAM Brief" a partir de
pesquisas. "Estrategistas
de Wall Street estão alertando clientes a não se deixarem
enganar pela aparente calma do real", diz o boletim.
"As oscilações de preço estão diminuindo com ao declínio dos clamores pelo |
impeachment da presidente Dilma
Rousseff, reduzindo a preocupação com um caos
político no Brasil. No entanto, analistas dizem que o otimismo é exagerado e que
a calma momentária não muda as perspectivas de longo prazo, que incluem uma
potencial rebaixamento da nota de crédito e uma recessão mais profunda", aponta.
O real já perdeu
cerca de 30% de seu valor frente ao dólar deste o início deste
ano. No fechamento dos negócios de terça-feira (17), o real
valia R$ 3,817 por dólar, depois de ter batido uma cotação
recorde de R$ 4,24.
Mas, para um
estrategista ouvido pela "Bloomberg", a moeda brasileira ainda
está cara: "Deveria estar acima de R$ 4", disse Christian
Lawrence, do Rabobank.
Bernd Berg,
diretor de estratégias para mercados emergentes do Société
Générale, também vê o câmbio brasileiro com pessimismo, e vê
como altamente provável que a nota de crédito do Brasil seja
rebaixada novamente nos próximos meses, a menos que haja uma
melhora nas perspectivas econômicas. Como a melhora é pouco
provável, a moeda pode cair a R$ 4,40 por dólar, disse Berg.
Analistas não
estão convencidos de que as perspectivas possam melhorar no
curto prazo. "Eles projetam que o real vá terminar o ano a R$ 4
por dólar, e continuar perto desse patamar em 2016 e 2017. Eles
projetam uma queda para R$ 4,18 até o final de 2018, antes de
uma recuperação no ano seguinte", diz a publicação.
*Fonte: G1/Economia
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