QUEM É ANDERSON SPOSITO?
Nascido no ano de
1976, é filho do meio do casal José Valentim Sposito e de Rosa
Ruy Sposito. Irmão de Adão Donizete Sposito, 38, e Elaine
Cristina Sposito, de 33 anos, é casado com Camila Mota Dutra
Sposito e tem uma filha, Júlia, de nove anos.
Empresário, é
proprietário da firma que leva o seu sobrenome, a qual atua no
ramo de usinagem e calderaria.
FAMÍLIA
Para Sposito,
família é a base de tudo e ele agradece por ter tido ‘um ótimo
pai e uma ótima mãe’. A família é de origem pobre, humilde, mas
sempre estiveram juntos e unidos.
De acordo com
relatos do pai, o Sr. José Valentim Sposito, ‘Dê’ desde muito
cedo começou a acompanhá-lo nas tarefas diárias, ajudando-o na
sacaria em que trabalhava. Desde aquela época, se mostrava
determinado e ‘teimoso’, insistindo nas coisas que queria e
acreditava.
Sobre o fato do
filho ser o novo prefeito da cidade, os pais parecem não
acreditar. “Acordo a noite e penso, mas o Dê prefeito de
Descalvado, é difícil de acreditar, mas é motivo de orgulho.
Muita gente já me disse isso, que eu devo sentir orgulho por
isso, de ter um filho que é prefeito hoje”, relata o pai.
Conhecendo ele
melhor do que ninguém, o Sr. José Valentim diz ter esperança que
o filho vá muito bem em sua nova função. “Política é complicada
e não vai depender só dele. A verdade é essa, pode entrar quem
for, mas, o prefeito sozinho não faz nada. Se não tiver uma
equipe que ajuda, que colabora...”
“Pra mim ainda
não caiu a ficha não; eu ainda não acredito. Pergunta para ele
[o pai] como eu chorava. Mas pelo amor de Deus, o ‘Dê’ com essa
cidade na mão, eu não acredito não. Eu passo perto da
Prefeitura, vejo todos aqueles carros e penso, mas meu filho
tomar conta de uns baita homens desses daí e ele tão
pequeninho”, pondera a mãe, Dona Rosa.
Os pais desejam
que ‘Dê’ faça um bom trabalho, um bom governo e que faça algo de
bom para a cidade.
Segundo Sposito,
eles não sabiam da sua decisão, pois não tinha intenção de ser o
Presidente da Câmara e consequentemente ser o atual prefeito.
“Foi uma decisão minha de última hora, em que eu resolvi votar
em mim mesmo, não tinha nada em mente”, disse ao assistir ao
depoimento de seus pais.
ÉPOCA DE ESCOLA E AMIGOS
“Eu era um aluno
inteligente mas eu fazia parte da turma do fundão. Tinha uma
equipe nossa de escola que era eu, o Adão, o Moisés Prata, o
Sílvio Rodrigues que hoje é um empresário bem sucedido e a gente
sempre aprontava as nossas, sempre dando ibope na escola, éramos
infernados mesmos”, contou.
De acordo com
Adilson Antonio Pedroso, amigo da época de escola, o Sposito é
um cara bacana, muito brincalhão e gostava de uma arte! Os
professores se divertiam com ele, porque era um brincalhão,
embora nunca tivesse deixado de lado as suas responsabilidades.
“Mas ele tinha
um apelido, acho que de quando era moleque e até me contaram,
porque não é da minha época, que a turma brincava com ele na
rua, chamando ele de ‘Delegado’. Para você ver, como é o
destino, hoje ele está como prefeito da cidade. E ele não
gostava muito desse apelido não”, disse Pedroso.
O apelido [Sposito]
recebeu de um pedreiro (Luís Almeida, in memorian)
vizinho à construção de seu pai, que o ouvia chamando de ‘De’ e
completava com todos os substantivos iniciados pela sílaba “Dê”:
“Desgraçado”; “Derrotado”; “Delegado”... “Eu me sentia
humilhado, ofendido, quando alguém me chamava deste apelido, por
não saber o significado da palavra”, explicou.
Uma de suas
professoras, Ludmila de Marco Zanelato contou que o atual
prefeito interino, sempre teve um relacionamento pessoal
perfeito; sempre foi repleto de amigos e uma das características
destacadas por ela, foi a de ser um ‘garoto esforçado’. “As
notas dele eram razoáveis mas, ele era sempre muito interessado
e bem preocupado em estar se atualizando e se preparando para o
mercado de trabalho”.
“Ele
‘encabulava’ bastante aula, mas dentro da sala era uma pessoa
tranquila. O que eu acho interessante dizer é que o estudo
realmente faz a diferença, agora ele já está galgando a posição
de prefeito e sem a parte sistematizada do estudo, ele teria
muito mais dificuldade do que está acontecendo agora. Ele está
se saindo muito bem”, completou a Profª. Ludmila
CASAMENTO
Conforme o
próprio Sposito, a esposa Camila não consegue o apoiar em tudo,
isto porque na maioria das vezes ele toma as suas próprias
decisões e somente depois lhe relata.
“Na maioria das
minhas decisões – e até ela fica brava comigo por conta disso -,
eu tomo por mim mesmo e só depois ela fica sabendo. Mas ela é
uma ótima companheira”, disse.
A atual
primeira-dama relatou que o conheceu na festa de São Sebastião
e iniciaram o namoro no dia 17 de janeiro. Estão casados há 12
anos (a serem completados em maio deste ano), mas à convivência
com ele se acrescentam mais seis anos de namoro.
“Vai fazer 18
anos que estamos juntos. Mas a iniciativa de casar partiu de
mim; fazia tempo que namorávamos, já existia a intenção de casar
e ai eu falei para ele vamos marcar a data e vamos casar, sob
pressão”, disse risonha Camila.
De acordo com a
primeira-dama, o que mais marcou a relação dos dois foi o
nascimento da filha, Julia. “Ele é um bom pai, tudo o que ela
precisa ele está junto, não tem muito tempo devido ao trabalho,
mas ele é um ótimo pai”.
Sobre o fato do
marido ser o prefeito, Camila acredita que apesar do pouco
tempo, ele ‘vai fazer uma mudança legal’, vai atender as
necessidades e, embora Sposito tenha um curto espaço de tempo,
ele vai se dedicar, porque ela o conhece e o qualifica como ‘raçudo’.
PRIMEIRO EMPREGO
Antes de
terminar os estudos, Sposito começou a trabalhar e o primeiro
emprego foi numa oficina de caminhões.
O primeiro
empregador, José Antônio Mazaro relatou que “Dê” era pequeno
[na idade mesmo, porque não cresceu muito de tamanho] e então o
procurou pedindo o trabalho. Como a oficina estava precisando,
ele foi contratado. “Ele trabalhou uns seis anos comigo, é um
cara esforçado, teimoso...Se invocasse com uma coisa não
adiantava querer mudar a cabeça dele que não ia conseguir. Ele
saiu daqui para tentar conquistar as suas coisas, foi trabalhar
em outras firmas. Hoje ele construiu uma firma para ele, tem os
funcionários dele”, destacou Mazaro.
PRÓPRIA EMPRESA
A iniciativa de
abrir o seu ‘próprio negócio’ partiu de uma necessidade do
mercado de trabalho em que ele atuava. “Todo começo é difícil,
mas a decisão nem foi muito minha de abrir a empresa. Eu era
prestador de serviços na [Socil] Evialis e eles optaram por não
ter mais esse tipo de contrato, então fui obrigado a abrir uma
empresa com CNPJ. Foi a partir daí que iniciei a minha empresa,
explicou.
Alessandro
Daniel S. Paulino, há três anos faz parte do quadro de
colaboradores da empresa. “Sai de uma firma que fazia 10 anos
que eu trabalhava e ele me convidou não para ser funcionário
dele, e sim para trabalhar como parceiro. Até então eu achei que
não ia dar certo porque tinha que comprar maquinário, tinha
muita ferramenta para ser comprada, mas mesmo assim ele quis
investir, ele acreditou que tínhamos capacidade de realizar
esse serviço e hoje estamos aqui”.
Paulino destacou
que na relação patrão x empregado, não dá para diferenciar “
porque no meio de nós ele fica de uniforme normal, trabalha do
mesmo jeito e não faz nenhuma diferença, sendo ele o dono. Ele
assume muito mais responsabilidade do que muitos funcionários
que eram para estar fazendo o serviço”.
Sobre o fato de
agora, além dos colaboradores de sua empresa particular, ser o
chefe de quase 1.200 funcionários, Sposito acrescenta: “É
possível manter, ser a mesma pessoa, desde que tenhamos o
reconhecimento por parte do funcionário. Não adianta só eu ser
bonzinho e o funcionário não ajudar. Vamos fazer o possível para
o funcionário público, mas eu gostaria que eles ajudassem também
a gerir a nossa cidade”.
CARREIRA POLÍTICA
A decisão de
ingressar na carreira política se deu mediante a curiosidade que
lhe é peculiar. “Na verdade saiu do nada, resolvi me candidatar
a vereador porque queria conhecer novas áreas. Eu não sabia se
ia entrar. Mas, me candidatei, deu certo, fui eleito vereador e
consequentemente Presidente da Câmara e Prefeito”.
O padrinho
político, Luís Antônio do Pinho – atual presidente do partido de
Sposito, o DEM -, destacou que é amigo do prefeito interino e
que não quer ter título nenhum. “Estou satisfeito em tê-lo
convidado para fazer parte do Democratas e eu tenho certeza que
essa amizade vai se consolidar cada vez mais. Ele é determinado,
eu acredito no potencial dele, é uma pessoa dinâmica e séria,
gosta das coisas certas”, ressaltou.
Sobre a parceria
política, uma vez que Pinho é hoje o conselheiro de Sposito
dentro e fora da Prefeitura, o político respondeu: “Essa
parceria vai chegar até onde ela tem que chegar, o povo vai
decidir. Nós estamos pensando hoje em administrar a cidade da
maneira mais correta. Política é conseqüência, não é a gente que
decide. Se houver outra eleição, cada partido vai se articular
de uma forma que achar melhor”, disse.
SESSÃO DE POSSE E VOTO EM SI
Em entrevista ao
Descalvado News, Pinho relatou que Sposito já havia lhe
comunicado sobre a sua intenção, ou seja, a de votar em si
próprio.
“Mérito dele,
fez o que tinha na cabeça. Realmente existem negociações, ele
fez parte de várias negociações, mas, no final, ele estava
determinado a votar nele mesmo e foi o que aconteceu”, disse o
atual secretário de finanças.
Mas o prefeito
interino confessou que tinha a intenção de apoiar o vereador
Sebastião José Ricci para a Presidência da Câmara, como havia
sido divulgado em um semanário local.
“Eu tinha o
pensamento de apoiar o Ricci, isso eu não posso negar. Tivemos
reuniões e eu realmente pensei em apoiar o Ricci. Mas de última
hora tomei a decisão de votar em mim, não querendo ser o
Presidente da Câmara, mas pela decisão poder ser minha, de eu
escolher o Presidente da Câmara. Então votei em mim e deixei que
a decisão acontecesse. Não foi uma traição porque eu votei em
mim. Se por votar em mim eu for considerado um traíra, então
todo mundo que vota em si mesmo também é traíra”, ressaltou.
Sobre o pedido
de ajuda ao ex-prefeito Luís Antônio Panone, feito em seu
pronunciamento durante a solenidade de posse, Sposito disse que
não foram palavras prontas. “O pronunciamento não estava
preparado. Como o ex-prefeito Panone estava ali presente e eu
iria precisar de ajuda para governar, eu o convidei. Tanto que
no dia seguinte ele passou, passou tudo o que sabia e todas as
orientações da Prefeitura”.
Sabe-se porém
que, atualmente, Sposito e Panone já não mantém um contato
direto.
30 DIAS DE PREFEITURA
Sobre os
primeiros 30 dias à frente da Prefeitura, Sposito destacou os
primeiros feitos enquanto ‘prefeito interino’, listando
assinaturas de alguns convênios como o dos cursos do Senai; a
vinda das viaturas para a Polícia Militar; o início da operação
tapa-buracos; a licitação para o conserto do Ginásio de Esportes
‘Oswaldo Cardoso’; a intenção da recuperação da frota municipal;
a programação do carnaval de rua; e a pretensão da entrega da
escola estadual no bairro Morada do Sol bem como a conclusão da
USF do mesmo bairro.
Questionado
sobre seus planos frente ao Poder Executivo, Sposito foi
categórico: “fazer o melhor possível, para o que denominou uma
nova era”. |