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				Em alusão ao Dia 
				Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual contra 
				crianças e adolescentes, que é comemorado no dia 18 de maio, o 
				COMUCRA – Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do 
				Adolescente, e a SADS – Secretaria de Assistência e 
				Desenvolvimento Social, promoveram na terça-feira, 28, a 
				palestra “Violência Sexual contra crianças e adolescentes: como 
				proteger e prevenir”. 
				
				Realizada nas 
				dependências da Associação Comercial e Industrial de Descalvado 
				(ACID), a palestra contou com a presença de profissionais das 
				Secretarias de Educação e Cultura, da Saúde e demais entidades e 
				órgãos que trabalham a questão da criança e o adolescente no 
				município.  | 
			
			
				
				 
				O tema foi abordado pela psicóloga Sheila Maria Prado Soma, 
				graduada pelo Centro Universitário Filadélfia (UNIFIL) e 
				pós-graduada em Gestão de Recursos Humanos pela Universidade 
				Norte do Paraná (UNOPAR). A profissional tem experiência nas 
				áreas de Psicologia Clínica, Organizacional e Docência no Ensino 
				Técnico e Superior; atuou como psicóloga do Centro de Referência 
				Especializado de Atenção a Crianças e Adolescentes Vítimas da 
				Violência em Londrina–PR, entre os anos de 2005 e 2008 e 
				atualmente reside em Ribeirão Preto–SP.
				De acordo com os 
				organizadores, o evento teve como objetivo sensibilizar 
				profissionais do serviço público e a comunidade de uma maneira 
				geral, a buscarem informações e meios de prevenção e combate à 
				violência sexual praticada contra essa parcela da população, 
				disponibilizando, por exemplo, indicadores físicos de violência, 
				o comportamento de uma criança ou adolescente que tenha passado 
				por abusos, o comportamento de pais ou responsáveis quando estes 
				são os abusadores, sequelas e, como denunciar casos de 
				exploração sexual. 
				De acordo com 
				dados do Conselho Tutelar  do Município, somente de janeiro a 
				abril deste ano, já foram registrados cinco casos de violência 
				sexual cometidos contra crianças e adolescentes em Descalvado. 
				COMO 
				DENUNCIAR – Além do DISQUE 100 (Disque Direitos Humanos), 
				que é o principal serviço de denúncia contra o abuso e 
				exploração sexual de crianças e adolescentes, no país, e que 
				funciona 24 horas por dia recebendo e encaminhando denúncias, em 
				Descalvado são vários os órgãos que podem ser contatados: 
				
				- Conselho Tutelar 
				
				- Ministério 
				Público  
				
				- Delegacia de 
				Polícia 
				
				- Justiça da 
				Infância e Juventude (Fórum) 
				
				- Conselho dos 
				Direitos da Criança e do Adolescente (COMUCRA) 
				
				- Secretaria de 
				Assistência e Desenvolvimento Social 
				POR QUE O 18 
				DE MAIO?  - Porque nesse dia, no ano de 1973, a garota 
				capixaba Araceli Cabrera Crespo, de nove anos incompletos, 
				desapareceu da escola onde estudava para nunca mais ser vista 
				com vida. A menina foi estupidamente martirizada. Araceli foi 
				espancada, estuprada, drogada e morta numa orgia de drogas e 
				sexo. Seu corpo, o rosto principalmente, foi desfigurado com 
				ácido. Seis dias depois do massacre, o corpo foi encontrado num 
				terreno baldio, próximo ao centro da cidade de Vitória, Espírito 
				Santo.  
				Seu martírio 
				significou tanto que esta data se transformou no “Dia Nacional 
				de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e 
				Adolescentes”, com a aprovação da Lei Federal 9.970/2000, 
				instituindo a data. Mas, seus agressores, jamais foram punidos. 
				O Plano Nacional 
				de Enfrentamento da Violência Sexual Infanto-Juvenil, também 
				aprovado no ano 2000 e revisado em 2010, representa uma 
				referência fundamental para o Brasil na luta contra os casos de 
				abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes. 
				 
				Os crimes de 
				violência sexual infanto-juvenil podem ser classificados como 
				abuso ou exploração. O que diferencia as duas práticas é a 
				relação de comércio e mercado, ausentes nos casos de abuso 
				sexual, em que a violência ocorre de forma gratuita.  A 
				exploração sexual funciona sob uma ordem de troca mercantil, 
				seja por dinheiro, bens materiais, ou, até mesmo, por uma 
				carona. 
				No Brasil, a 
				maior parte da violência sexual contra crianças e adolescentes 
				ocorre nas próprias famílias: por volta de 85% dos casos.  O 
				Plano Nacional, por sua vez, tem a missão de orientar a 
				sociedade civil, principalmente famílias e escolas, a perceber 
				os sinais deste tipo de violência. 
				Em 2009, com a 
				Lei nº 12.015, os crimes sexuais passaram a ser de ação penal 
				pública, ou seja, a partir do momento em que a denúncia for 
				feita, nenhum responsável é capaz de retirar a queixa. 
				
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