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O Delegado
responsável pelas investigações no
caso do
menino Joaquim, desaparecido no dia 5 de novembro e encontrado
morto no Rio Pardo em Barretos cinco dias depois,
tenta traçar um perfil dos dois principais suspeitos pelo crime
que chocou a opinião publica em todo o país.
O primeiro suspeito é o padrasto da criança, o técnico em TI
Guilherme Longo, de 28 anos, principal suspeito de ter cometido
o crime.
De acordo com o relatório da polícia, Guilherme começou a usar
drogas a partir dos 16 anos. Segundo a polícia, a drogas
preferidas eram o ecstasy e a cocaína, que eram consumidas
principalmente durante as festas em que ele participava. |
Em 2010, Guilherme ficou internado em uma clínica de recuperação
para dependentes químicos de Descalvado por 45 dias. Em
2011, o período de internação durou seis meses, porém desta vez,
na cidade de Limeira.
Já no ano passado,
o padrasto de Joaquim ficou mais seis meses internados em uma
outra clínica localizada em Ipuã, município próximo à São
Joaquim da Barra.
Ainda segundo a
polícia, Guilherme já se envolveu em brigas e agressões à
homossexuais em Ribeirão Preto e na também na clínica de Ipuã.
Ele também já respondeu a dois processos criminais por roubo em
Ribeirão Preto. Em um dos processos, Guilherme foi absolvido e o
outro acabou sendo arquivado.
A segunda
suspeita na participação do crime que levou à morte o menino de
apenas 3 anos é a mãe dele, Natália Mingone Ponte, psicóloga de
29 anos. À polícia, Natália disse que via o companheiro
Guilherme fazer uso de cocaína todos os dias desde o início
deste ano, e que chegou a ficar separada dele por um tempo, porém acabou
cedendo às ameaças que começou a sofrer por parte de Guilherme. Ainda de acordo com Natália, a própria sogra já teria lhe
confessado ter sido agredida uma vez pelo filho.
O delegado
responsável pelas investigações disse que a realização da
reconstituição ainda depende de um esquema reforçado de
segurança nas proximidades da casa onde Joaquim morava com a mãe
e o padrasto. "Não sei quantos policiais serão deslocados, mas
será um grande contingente”, afirmou o delegado Paulo Henrique
Martins de Castro. O casal está preso há 21 dias e alega
inocência.
RECONSTITUIÇÃO - A movimentação de jornalistas e vizinhos em
frente à casa onde morava o menino Joaquim Ponte Marques é
intensa nesta quinta-feira (21) no bairro Jardim Independência,
em Ribeirão Preto. A expectativa é de que a reconstituição do
desaparecimento do garoto seja realizada no período da tarde ou
da noite desta quinta-feira.
A Polícia Civil
não confirma se a simulação acontecerá de fato nesta quinta. O
padrasto de Joaquim, Guilherme Raymo Longo, e a mãe do garoto,
Natália Ponte Marques, devem ser levados até a residência assim
que a investigação decidir fazer a reconstituição, desde que
aceitem ir. Mas os dois estarão no local em momentos diferentes,
pois a polícia quer confrontar as informações do casal, que
estava na casa quando Joaquim desapareceu.
PAIS DO
PADRASTO ESTIVERAM NO LOCAL - Os pais de Guilherme, Dimas e
Augusta Longo, recolheram nesta quarta-feira (20) alguns
pertences do casal que estavam na residência, mesmo antes da
confirmação da reconstituição.
Enquanto a
autoria do crime não é desvendada, a comoção popular pela morte
de Joaquim continua. Muitas pessoas fazem orações em frente à
casa onde vivia o garoto. Uma banda de rock de São Joaquim da
Barra, cidade onde Joaquim foi enterrado, compôs uma música em
homenagem ao menino.
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