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				 e jogo vapor de 
				água, mas não tem dado resultado, não sei mais o que fazer", 
				contou a criadora de frangos Edna Rocha. 
				ESTIAGEM 
				- De acordo com o pesquisador da Unesp Omar Malaspina, o longo 
				período de estiagem afetou as plantas, que costumam atrair as 
				abelhas. Por causa disso esses insetos estão buscando outras 
				alternativas de alimento. "As abelhas precisam basicamente de 
				duas coisas para sobreviver: o néctar, que é a fonte de açúcar, 
				e o pólen, que é a fonte de proteína. Então, provavelmente nessa 
				ração elas estão atrás da proteína, que é necessária para 
				criação das larvas e filhotes", disse. 
				O pesquisador 
				também disse que como as abelhas estão recebendo uma fonte 
				artificial, não estão polimerizando as plantas, o que causa uma 
				grande perda no setor dos alimentos. 
				
					
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						APICULTORES 
						- A situação também assustou os apicultores. Sérgio 
						Moura ficou surpreso com a migração das abelhas. Ele 
						teme que a ração usada como alimento afete sua produção 
						de mel. 
						"É a 
						primeira vez que acontece isso. Eu me preocupo por não 
						saber a química que está presente na ração, isso porque 
						a safra de mel de setembro e outubro pode ser 
						prejudicada. Para evitar a situação vou ter que tirar as 
						colmeias daqui", explicou. 
						
						Malaspina explicou que a produção pode sim ser 
						comprometida. "Partículas dessa ração coletada pelas 
						abelhas serão  | 
						
						 
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						 incorporadas 
						ao mel e o produto sofre risco de contaminação química. 
						É necessário saber do que é feito essa ração", alertou. | 
					 
				 
				MONTANTE 
				- O último caso de mortandade de enxames aconteceu há menos de 
				duas semanas em um sítio em Leme que produz o mel da flor de 
				laranjeira, um dos mais valorizados no mercado. O apicultor 
				perdeu 13 das 20 colmeias e calcula que cerca de 300 mil abelhas 
				morreram. Por causa disso a produção anual, que é de três 
				toneladas, vai ter uma quebra de 60% por cento. 
				Cerca de dez 
				apicultores da região perderam 200 colmeias neste ano. Segundo 
				eles, o que tem provocado tantas perdas é o uso de agrotóxicos 
				em lavouras que costumam atrair os insetos, como as plantações 
				de laranja e cana de açúcar. 
				Depois do corte, 
				a cana libera um melado que serve de alimento para as abelhas. 
				Os enxames também vão até os pomares de laranja em busca do 
				néctar das flores. Os apicultores acreditam que a contaminação 
				aconteça nesses momentos. 
				Segundo 
				Malaspina ainda não foi comprovado que as mortes foram causadas 
				pelo uso de agrotóxicos, apesar da suspeita "Os sintomas são 
				claros, porque a morte de abelhas por doenças ou outras causas é 
				diferente. Mas estamos providenciando uma coleta essa semana 
				para fazer a analise", contou. 
				*Fonte: 
				G1/São Carlos - Fotos: Paulo Chiari 
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