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A Prefeitura
de Porto Ferreira interditou nesta terça-feira (21) o
frigorífico Porto Aves por falta de documentos de segurança.
Um
vazamento de amônia no local provocou a intoxicação de 15
funcionários na manhã de segunda-feira (20).
Funcionários do
setor de Fiscalização de Posturas, da Companhia de Tecnologia de
Saneamento Ambiental (Cetesb) e o Corpo de Bombeiros estiveram
na empresa nesta manhã. Segundo a Prefeitura, o auto de vistoria
emitido pelos bombeiros está vencido. O frigorífico só poderá
voltar a funcionar quando apresentar a documentação necessária. |
Procurado, o gerente administrativo da empresa, Vanderlei
Menezes dos Santos, não foi encontrado para comentar o caso.
Ontem, ele havia informado que os equipamentos do frigorífico
passam por revisão. “Não dá para afirmar se houve falha humana,
mas vamos retirar a válvula e enviá-la para análise. Em 20 dias,
teremos o resultado sobre o que ocasionou o problema”.
O vazamento
aconteceu por volta das 8h na sala de máquinas do frigorífico,
que fica no Jardim Anésia, às margens da SP-215. O gás,
utilizado para a refrigeração, causa irritações no organismo
caso seja aspirado.
PÂNICO
- O funcionário Adilson Ferreira, que trabalha na
produção, disse que as pessoas ficaram em pânico no
momento em que tudo aconteceu. “Começamos a correr.
Algumas pessoas desmaiaram, outras disseram sentir dor
de cabeça. Fiquei um pouco sem ar e tive que tomar muita
água também”, relatou.
Ferreira
disse ainda que não é a primeira vez que esse tipo de
acidente acontece e que todos trabalham sem equipamentos
de proteção. “Eu acho que deveria ter umas máscaras lá
dentro porque é um lugar que tem gás tóxico. É
complicado trabalhar assim”, afirmou. |
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O gerente da
empresa afirmou que no dia a dia não é necessário o uso de
máscaras. “Só é preciso em caso de vazamento ou quando é
realizada a manutenção e ainda assim somente o pessoal que
trabalha ali com o produto”, disse.
VAZAMENTO -
O acidente aconteceu na sala de máquinas durante um procedimento
corriqueiro, informou o gerente da empresa. “Foi resolvido de
imediato, mas a amônia leva alguns minutos para dissipar. Por
segurança, evacuamos toda a área e dispensamos os funcionários”,
disse.
O
tenente do Corpo de Bombeiros Emanoel Rodrigues de Oliveira
informou que uma sobrecarga no sistema de arrefecimento provocou
o acidente. “Houve estravazamento de amônia pela válvula de
segurança do sistema. Acionamos a Polícia Militar e a Cetesb
[Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental] para ver as
medidas administrativas que serão tomadas quanto à situação de
segurança do local. A nós coube o resgate e socorro das
pessoas”, disse.
*Fonte:
G1/São Carlos
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