|
Vazamento de gás,
tubulação de água e gás energizadas, equipamentos e utensílios enferrujados, janelas sem telas protetoras, portas quebradas,
enferrujadas e fora dos padrões de isolamento, queimadores de
fornos danificados, aquecedores defeituosos, ralos e coletores
deteriorados e longe das exigências sanitárias, são alguns dos exemplos de abandono e
precariedade no qual se encontra o prédio do Serviço Municipal de
Alimentação Escolar - SMAE.
Com as aulas da
rede estadual iniciadas nesta semana e com a proximidade dos
alunos da rede municipal retomarem os estudos, a situação da
merenda municipal não poderia ser mais calamitosa da que está.
|
As denúncias foram
obtidas de um relatório enviado pela nutricionista do SMAE,
Simone Cristina Pizza Fregonesi, que assumiu o cargo no último
dia 30 de dezembro de 2013 e se deparou com uma verdadeira
situação de caos. Simone enviou um documento no último dia 16 de
janeiro de 2014 à Secretária Municipal de Educação e Cultura, Profª Rute Maria Pozzi Casati, onde a nutricionista relata todos
os problemas encontrados no prédio que abriga a merenda escolar
do município, além das atuais condições de todos os equipamentos
utilizados na produção dos alimentos.
No documento também
consta que no final de 2013, houve um acidente envolvendo uma
funcionária do setor, que foi jogada longe devido à uma descarga
de corrente elétrica durante o manuseio de um destes
equipamentos. Ainda de acordo com o relatório, está ocorrendo
vazamento de gás e o encanamento está energizado, devido à
fuga de corrente elétrica. Uma verdadeira bomba relógio prestes
a explodir.
Diante de toda a
situação calamitosa que se instalou no SMAE durante o ano
de 2013, onde segundo a nutricionista, ocorreu por falta de
manutenção tanto nas instalações físicas do prédio quanto dos
equipamentos utilizados, não restou outra alternativa a não ser
interditar o local para que todos os problemas possam ser
corrigidos, garantindo não só a qualidade da merenda escolar,
mas também a segurança dos funcionários que trabalham no local.
"Como nutricionista, é meu dever garantir a qualidade
higiênico-sanitária da alimentação oferecida às escolas do
nosso município, bem como a segurança e integridade física dos
funcionários. Nesse momento, não tem como garantir esse
parâmetro" relatou Simone Fregonesi.
A reportagem do
DESCALVADO NEWS esteve no prédio do SMAE na manhã da última
terça-feira (28) e pôde constatar que a situação de precariedade
está muito além do relatado no documento enviado à Secretária de
Educação. Infelizmente, ficou nítido que o despreparo de uma
administração interina, aliado à nomeações de pessoas sem
qualificação e engajamento com a coisa pública, colocou em risco
a vida de funcionários municipais e a qualidade da merenda
escolar de Descalvado, que no passado, era considerada uma
referência para todo o estado de São Paulo.
|