em assaltos
realizados em São Paulo, era de brinquedo. Em Araraquara,
um único bandido fez 10 assaltos em apenas um mês com uma
pistola de plástico. Ele levou dinheiro, roupas, tênis e
perfumes de lojas. “Eu não imaginava que com uma arma de
brinquedo ele pudesse fazer tudo o que fez para cidade. 10
roubos é assustador”, contou uma vítima, que não quis se
identificar.
O uso de armas de
brinquedo em crimes tem sido comum também em Campinas. No mês
passado, dois assaltantes tentaram roubar um policial, mas foram
presos logo em seguida. Eles estavam com um revolver de
brinquedo. No início do mês, três menores foram presos depois de
roubar uma mulher em um ponto de ônibus perto da Rodovia
Anhanguera. Um deles foi baleado na perna. Os adolescentes
usaram uma réplica de arma de fogo.
PROIBIÇÃO
- As pistolas coloridas e de água, por exemplo, que são difíceis
de ser confundidas com armamento de verdade, também não serão
mais permitidas nas lojas. Elas terão que ser devolvidas para o
fornecedor. Na justificativa da lei, a explicação é evitar a
banalização da arma e alertar todos sobre o potencial pedagógico
que esses produtos devem ter.
Além disso, lei
também prevê a suspensão das atividades por 30 dias e a cassação
da licença. A loja ou fábrica pode até ser fechada. Segundo o
comerciante Eduardo Batista, as armas de brinquedo já não tinham
praticamente mais espaço nas prateleiras de sua loja.
“O que temos são
produtos importados de países que não tem proibição, mas eles
não representam 0,1% das nossas vendas. A orientação que recebi
é que temos autorização do importador para retirar as armas da
loja até na sexta-feira (14), devolver e ter reembolso. Me
informaram que os lojistas não vão ter nenhum prejuízo”, disse.
APOIO
- Para a podóloga Célia Rodrigues, a mudança é um alívio. “Eu
espero que a nova regra ajude a diminuir o índice de assaltos.
Já fui vítima de dois ladrões que entraram no salão de beleza
onde eu estava e roubaram minha bolsa. Depois a polícia pegou os
bandidos e descobriram que eram drogados que utilizaram uma arma
de brinquedo para assaltar. Na hora você acaba entregando tudo,
porque não dá para perceber que a arma é falsa”, falou.
A caixa Ellen
dos Santos contou que já cedeu aos apelos do filho de 6 anos e
comprou o brinquedo. “As crianças gostam, vêem em propagandas de
TV e acabam ganhando como presente, mas eu não gosto. Por isso,
aprovo a proibição”, afirmou.
Segundo a auxiliar
administrativa Rosa Maria Ronchi, a proibição é vantajosa. “Eu
não sou mãe, mas tenho muitos sobrinhos e observo que eles
acabam sendo incentivados pela violência. Eu sempre procuro dar
presentes educativos para incentivar a criatividade deles”,
disse.
*Com informações do G1/São Carlos - Foto: Marcos Porto
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