três cidades, tendo
o seu melhor desempenho em Américo Brasiliense (54,24%).
Em São Carlos,
Aécio recebeu 89.003 votos (67,95%), enquanto Dilma teve 41.975
votos (32,05%). Foram registrados na cidade 2.471 votos brancos
e nulos 7.098 nulos. Em Araraquara, o senador mineiro teve
72.033 votos (60,99%), enquanto Dilma recebeu 46.070 votos
(39,01%). Ao todo 2.533 votaram em branco e 6.815 anularam. Já
em Rio Claro, Aécio recebeu 81.098 (75,64%) votos, enquanto
Dilma teve 26.121 (24,36%). De acordo com o TSE, 1.875 votaram
em branco e 5.492 anularam.
Dos 25.202
eleitores descalvadenses, 5.289 (20,99%) abstiveram-se de votar.
Além disso, 397 eleitores votaram em branco (1,99%) e 851
(4,27%) anularam o voto.
A votação transcorreu de forma tranquila durante todo o domingo,
e a apuração e transmissão dos votos para o TSE encerrou-se
dentro do horário previsto pelos funcionários do Cartório
Eleitoral, porém os resultados só puderam ser divulgados após as
20h00, por determinação do próprio Tribunal Superior Eleitoral.
REELEIÇÃO - Apesar de não ter sido bem votada nas regiões sul, sudeste (com
exceção de
Minas Gerais e Rio de Janeiro) e centro oeste, além do Distrito Federal, a
candidata à reeleição Dilma Roussef (PT) venceu o segundo turno da eleição para
Presidente de República com a margem mais apertada da história pós
redemocratização brasileira. A petista teve 54.501.118 votos (51,64%), enquanto
o candidato
tucano ficou com 51.041.155 votos (48,36%).
Como previsto, os
eleitores das regiões norte e nordeste fizeram a diferença na
eleição deste domingo (26) e garantiram a reeleição de Dilma,
que governará o Brasil até o final de 2018.
Em seu primeiro
discurso após o anúncio da sua vitória, a presidenta Dilma
Rousseff prometeu executar com prioridade a reforma política,
alvo de um plebiscito informal antes do primeiro turno.
“A palavra mais
repetida, mais dita, mais falada, mais dominante foi mudança. O
tema mais amplamente invocado foi reforma. Sei que estou sendo
reconduzida à Presidência para fazer as grandes mudanças que a
sociedade brasileira exige. Dentre as reformas, a primeira e
mais importante deve ser a reforma política”, afirmou Dilma, ao
lado de aliados políticos como o presidente do PT, Rui Falcão, e
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Meu
compromisso, como ficou claro durante toda a campanha, é
deflagrar essa reforma que é responsabilidade institucional do
Congresso e que deve mobilizar a sociedade em um plebiscito por
meio de uma consulta popular. Com essa consulta, o plebiscito,
vamos encontrar força e legitimidade exigidos no meio desse
momento de transformação para levar à frente a reforma
política”, disse a presidenta ao garantir que debaterá o tema
com parlamentares, movimentos sociais e representantes da
sociedade civil.
Ela negou
rumores de que a eleição, especialmente o segundo turno, tenham
polarizado o eleitorado brasileiro e pediu que a sociedade
brasileira se una. “Não acredito, sinceramente, do fundo do meu
coração, não acredito que essas eleições tenham dividido o País
ao meio. Em lugar de ampliar divergências, de criar um fosso,
tenho forte esperança de que a energia mobilizadora tenha
preparado um bom terreno para a construção de pontes. O calor
liberado no fragor da disputa pode e deve agora se transformar
em energia construtiva de um novo momento no Brasil”, disse.
Apesar de não
ter citado a vitória do PT sobre o PSDB nem o nome de
seu adversário Aécio Neves, a presidenta conclamou a nação a uma
união capaz de fazer o País chegar a um consenso. “Algumas vezes
na história resultados apertados produziram mudanças mais fortes
e mais rápidas do que vitorias muito amplas. É essa a minha
esperança, ou melhor, a minha certeza do que vai ocorrer a
partir de agora no Brasil. O debate, o embate das ideias, o
choque de posições pode produzir espaços de consenso. (...)
Minhas primeiras palavras são, portanto, de chamamento à paz e à
união”, declarou Dilma como promessa de seu segundo mandato.
*Foto:
Ricardo Stuckert
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