Desde o primeiro dia do ano até as 12h00 desta terça-feira (30), cada
descalvadense economicamente
ativo pagou o equivalente a R$ 2,3 mil somente em impostos. É o que mostra o
Impostômetro, da Associação Comercial de São Paulo e do
Instituto de Planejamento e Tributação.
Ao todo, já foram
arrecadados na cidade R$ 74,59 milhões neste ano em tributos e
impostos municipais, federais e estaduais. Já o valor pago por
dia pelo município em impostos é de cerca de R$ 273,55 mil. Em
termos nacionais, o recolhimento de impostos bateu a casa de R$
1,2 trilhão do começo deste ano até hoje.
O grande
problema acaba não sendo o valor pago com os impostos, mas sim a
falta de contrapartida. Do total de impostos pagos pelos
contribuintes, apenas uma pequena parte retorna para o seu
município em forma de serviços públicos eficazes e de qualidade,
assim como acontece nos países desenvolvidos. O atual sistema
tributário do Brasil onera consideravelmente os contribuintes,
ao dividir entre a União e o Estado a maior fatia desses
impostos. Para os municípios, somente uma pequena parcela acaba
retornando. A federalização do dinheiro arrecadado tem sido uma
das maiores dificuldades dos municípios brasileiros atualmente,
visto que na contra-mão deste conta, vem ocorrendo cada vez mais
a municipalização dos serviços públicos. É uma conta que não
fecha, e que agora é agravada por uma recessão cada vez mais
óbvia.
Para os
economistas, a alta carga de impostos, embutida em produtos e
serviços, dificulta o desenvolvimento da economia.
Principalmente, dentro do panorama de economia em recessão, com
as indústrias produzindo menos e o comércio varejista vendendo
pouco.
De acordo com o
Impostômetro, com o valor arrecadado por Descalvado neste ano
daria para pagar mais de 110 mil salários mínimos; construir
mais de 2 mil casas populares; construir 259 postos de saúde
equipados ou ainda contratar mais de 4.600 policiais por ano.
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