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Por conta da falta
de extintor de incêndio para veículos, versões falsificadas do
item estão sendo vendidas em São Carlos. A Polícia Civil
apreendeu, apenas na última semana, 41 extintores adulterados.
As embalagens que indicam o vencimento do produto estão sendo
disfarçadas para que pareçam novas, o que representa um risco
para motoristas e passageiros. A lei de trânsito prevê que rodar
com o extintor fora das especificações é uma infração grave e a
multa é de R$ 127, além da perda de cinco pontos na carteira.
Com a alta procura,
muitas |
pessoas aproveitaram
para ganhar dinheiro de forma ilegal. Para diferenciar o original do
falsificado, é preciso prestar atenção a alguns sinais, como o rótulo, a
data de validade e o selo do Inmetro.
“Se o consumidor olhar na
parte do fundo do cilindro ele tem uma marcação que corresponde à data
de fabricação do extintor. A garantia de um extintor é de cinco anos.
Esse é o elemento mais simples para verificar algum tipo de adulteração.
O recomendado é não comprar em locais de onde não se tem histórico e
guardar a nota fiscal”, explicou o perito criminal Fernando Crnkovic.
DEMANDA
- O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) exige que carros fabricados
desde 2005 tenham o extintor do tipo ABC, e não mais o do tipo BC. O
prazo para a adequação venceu no fim de 2014, mas, com a alta procura, o
produto acabou em muitas lojas e o prazo foi prorrogado para o dia 1º de
abril. O extintor
veicular está em falta desde dezembro. O dono de uma loja de extintores
em São Carlos, José Cândido Menezes Filho, afirma que já fez vários
pedidos, mas algumas indústrias chegam a prometer a entrega apenas para
o início do ano de 2016. “Estou sem extintor desde a primeira semana de
dezembro, acabou tudo. Nesse mês que passou, foi tanta procura que
deixei de ganhar uns R$ 10 mil”, relatou.
Na loja de Valdir Leandro
de Moraes, pelo menos 100 unidades são vendidas por dia. No entanto, o
estoque não atende a toda a demanda, já que o empresário distribui
extintores para mil postos de gasolina da região. “A pequena remessa que
conseguimos, tivemos que manter na loja para casos emergenciais. Se
fôssemos distribuir para os postos, daria uma peça para cada posto. A
capacidade de produção da indústria é muito inferior à demanda do
mercado”, relatou o comerciante.
*Fonte: G1/São Carlos
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