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				Eleitoral as despesas da nova eleição que precisou ser realizada. Um 
				deles é o ex-prefeito da cidade de Bom Jesus do Amparo, na 
				região central do estado mineiro. De acordo com a justiça, ele e 
				a candidata à vice foram condenados por movimentação financeira 
				irregular de campanha antes do prazo permitido. 
				As cobranças estão 
				sendo feitas pela Advocacia Geral da União. Ao todo, já foram 
				ajuizadas 87 ações contra ex-prefeitos e ex candidatos de todo 
				país. Na maior parte dos casos, os candidatos eleitos cometeram 
				abuso de poder econômico, compraram votos ou utilizaram a 
				máquina administrativa indevidamente. A Justiça está 
				determinando o pagamento dos gastos dos novos processos 
				eleitorais. Somados, os valores passam de R$ 3,2 milhões. 
				Muitos que recorreram da decisão, perderam. É o caso do
ex-prefeito de Igaraçu do 
Tietê, no interior de São Paulo. Reeleito, ele foi cassado após denúncias de compra de 
votos e recebeu a conta da nova eleição que precisou ser realizada. A cobrança 
faz parte de um acordo entre a Advocacia Geral da União e o Tribunal Superior 
Eleitoral, que está levando políticos de todo o país a pagar os custos quando há 
necessidade de uma nova eleição no município.
				Até dezembro de 
				2014, a União já havia recebido R$ 262 mil em relação à ações 
				que estão em curso. De acordo com a Advocacia Geral da União, no 
				valor a ser ressarcido são calculadas despesas diretas e 
				indiretas como pagamento de diárias e passagens para servidores 
				e juízes, materiais usados, alimentação disponibilizada aos 
				mesários e custos com a mobilização de forças federais de 
				segurança, quando necessário. 
				
				SEM PREFEITOS 
				- Prestes a completar três anos após as eleições de 2012, 66 municípios do 
				estado de São Paulo ainda não 
têm prefeitos definitivos. Os eleitos em 2012 tiveram os mandatos cassados pela 
Justiça Eleitoral e lutam para recuperar o cargo. Em dez destas cidades, os 
prefeitos depostos conseguiram reaver o mandato, mas ainda aguardam o julgamento 
dos processos. No interior, faltando pouco mais de um ano para o pleito de 2016, 
municípios convivem com a instabilidade política pela troca sucessiva de 
prefeitos. 
				
				
				É o caso de Paulínia, região de Campinas, onde o prefeito eleito 
				o segundo colocado e o presidente da Câmara se revezam no posto 
				desde o início de 2013. O eleito Edson Moura Júnior (PMDB) 
				sofreu seis cassações, a primeira logo após a eleição, por 
				suposta irregularidade de registro. Ele assumiu a candidatura do 
				próprio pai, Edson Moura, acusado de compra de votos, à véspera 
				do pleito. Júnior recuperou o mandato seguidas vezes, mas voltou 
				a ser afastado em fevereiro deste ano sob acusações que incluem 
				crime eleitoral e infrações administrativas. Ele nega e aguarda 
				julgamento de recursos. José Pavan Junior (PSB), segundo 
				colocado, é o prefeito atual. 
				
				
				Em Restinga, a 
				vice-prefeita Luciene Faria Fernandes (PRB) reassumiu a 
				prefeitura no último dia 27, após o Tribunal de Justiça de São 
				Paulo anular sua cassação. Foi a sétima mudança de prefeito 
				nesta gestão. Luciene havia substituído o eleito Paulo Pitt (DEM), 
				cassado por manter funcionários fantasmas e contratar sem 
				licitação. Os dois se revezam no comando do Executivo local, que 
				teve ainda no posto, por períodos curtos, dois presidentes da 
				Câmara. 
				Desde 2013, 
				eleitores de 19 cidades paulistas tiveram de voltar às urnas 
				para eleger novos prefeitos. Isso ocorreu porque os eleitos em 
				2012 e seus vices foram cassados, mas tinham obtido mais de 50% 
				dos votos válidos. Nesse caso, a lei prevê novas eleições. 
				Neste ano que 
				antecede as eleições municipais de 2016, eleitores de dois 
				municípios voltaram às urnas. No dia 12 de abril, Mario Felício 
				Neto (PDT) foi eleito prefeito de Paulo de Faria, onde os 
				diplomas do prefeito reeleito Herley Torres Rossi e de sua vice, 
				Maria Aparecida Barbosa, ambos do PDT, tinham sido cassados com 
				base na ficha limpa. 
				Em Itápolis, 
				José Luis Kawachi (PSDB) foi eleito no dia 1 de março. O novo 
				pleito ocorreu após a anulação das eleições de 2012, em que o 
				eleito, Júlio Cesar Mazzo (PRP), foi acusado de irregularidades 
				na campanha. A cassação inclui Kawachi, então vice de Mazzo, mas 
				ele pode voltar a concorrer. 
				
				
				Também já tiveram segundas eleições após 2012, Americana, Bento 
				de Abreu, Indiana, Jumirim, 
				
				
				Descalvado, Santana do Parnaíba, 
				Ibaté, Tabatinga, Osvaldo Cruz, Itaí, Boa Esperança do Sul, 
				Pedrinhas Paulista, General Salgado, Cananéia, Fernão, Coronel 
				Macedo e Eldorado. 
				
				
				*Com informações 
				da Agência Brasil e do Estadão.com 
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