Criança
de 10 meses ficou marcada nas
costas e nas coxas (Foto: Reprodução/EPTV) |
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A Polícia Civil de Descalvado vai instaurar inquérito para apurar o caso de uma
criança de dez meses que levou pelo menos 13 mordidas em uma creche municipal
localizada no Bairro
Jardim Albertina, segundo a mãe, que registrou o boletim de ocorrência na manhã
desta quarta-feira (17). A criança deve passar por exame de corpo de delito
ainda na tarde desta quarta.
Segundo a
mãe, a menina foi mordida por duas crianças de 2 anos na tarde
de terça-feira (16), enquanto estava em uma casa de bonecas. No
momento das mordidas, havia uma monitora na sala cuidando de 12
alunos e uma funcionária trocando um bebê. As outras duas
profissionais estavam no horário de descanso. “Você imagina você
sair 6h30 para trabalhar e, na hora em que você chega, encontrar
sua filha com o corpo todo marcado”, disse Joelma Valério. |
A mãe contou que a filha já havia sido mordida uma vez, na
bochecha, mas não levou o assunto adiante porque sabe que isso
pode acontecer em um ambiente com crianças. Dessa vez, porém,
optou por procurar a polícia.
“Agora eu fico com
medo porque não é a primeira vez que acontece, já é a segunda
vez. Então fui atrás dos meus direitos, quero saber o que
aconteceu, aonde vai chegar isso”, disse. “Que não aconteça
mais, não só com a minha mas com as outras crianças também”.
CRECHE
- Elisângela Figueiredo, diretora da creche, contou que a menina
é calma e os funcionários não a ouviram chorar. Também disse que
assim que o problema foi percebido a direção foi avisada e os
pais, acionados. “Tudo o que a
unidade pôde fazer para assistir no momento foi realizado.
Também enquanto gestora já orientei as monitoras da sala tanto
verbalmente como por escrito, os funcionários envolvidos, e
também já foi entregue na secretaria de Educação um relatório”,
afirmou.
“Como são todos
funcionários efetivos, a Prefeitura e a secretária que vão tomar
as decisões quanto a elas continuarem trabalhando ou não”.
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A secretária de
Educação Rute Maria Pozzi Casati informou que vai abrir uma
sindicância para analisar os fatos e que irá ouvir professoras,
monitoras e a equipe de limpeza. Segundo ela, a sindicância vai
avaliar e tomar as devidas providências jurídicas.
O delegado
responsável pelo caso, João Alaor Garcia, disse que já está
instaurando o inquérito para apurar a denúncia e deve ouvir
depoimento das funcionárias da escola nos próximos dias. Segundo
ele, o resultado do exame de corpo de delito ficará pronto em 30
dias.
O Boletim de
Ocorrência foi registrado como maus-tratos, pois era de
responsabilidade da escola a guarda da criança. De acordo com o
Estatuto da Criança e do Adolescente, a pena para casos como
este é de dois meses a um ano, sendo agravado em um terço da
pena, pois a vítima é menor de 14 anos.
CONSELHO
TUTELAR
- Conselheiros tutelares foram com os pais até o pronto-socorro
e orientaram a mãe a registrar o boletim de ocorrência contra a
escola. Os profissionais também vão prestar atendimento
psicológico para os familiares e para a criança.
*Com
informações do G1/São Carlos - Foto: Rodrigo Sargaço
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