que oficializou a
ruptura com o governo sob o argumento de que não desejava
"influenciar" a decisão. No entanto, ele teve participação ativa
na mobilização pelo desembarque do partido e passou toda a
segunda-feira (28) em reuniões com parlamentares e ministros do
PMDB em busca de uma decisão “unânime”.
Comandada pelo
primeiro vice-presidente do PMDB, senador Romero Jucá (PMDB-RR),
a reunião durou menos de cinco minutos. Após consultar
simbolicamente os integrantes do partido, Jucá decretou o
resultado da votação.
"A partir de
hoje, nessa reunião histórica para o PMDB, o PMDB se retira da
base do governo da presidente Dilma Rousseff e ninguém no país
está autorizado a exercer qualquer cargo federal em nome do
PMDB", enfatizou.
Após a
reunião, Jucá disse que, com a decisão, o PMDB deixava
bem clara a sua posição em relação ao governo e disse
que quem quiser tomar uma decisão individual terá que
avaliar as consequências.
"A partir
de agora, o PMDB não autoriza ninguém a exercer cargo no
governo federal em nome do partido. Se, individualmente,
alguém quiser tomar uma posição, vai ter que avaliar o
tipo de consequência, o tipo de postura perante a
própria sociedade. Para bom entendedor, meia palavra
basta. Aqui, nós demos hoje a palavra inteira", afirmou. |
O
vice presidente Michel Temer não participou da
reunião que oficializou a ruptura com o governo, sob o
argumento de que não desejava "influenciar" a decisão. |
A decisão do
PMDB aumenta a crise política do governo e é vista como fator
importante no processo de impeachment de Dilma. Há a expectativa
de que, diante da saída do principal sócio do PT no governo
federal, outros partidos da base aliada também desembarquem da
gestão petista.
Atualmente, o
PMDB detém a maior bancada na Câmara, com 68 deputados federais.
O apoio ao governo, porém, nunca foi unânime dentro da sigla e
as críticas contra Dilma se intensificaram com o acirramento da
crise econômica e a deflagração do processo de afastamento da
presidente da República.
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MERCADO FINANCEIRO REAGIU COM OTIMISMO
- O principal índice da Bovespa fechou em alta nesta
terça-feira (29), pela segunda sessão seguida, com as
ações de bancos entre as maiores pressões positivas.
O Ibovespa
subiu 0,62%, a 51.154 pontos. No mês de março, a bolsa
paulista acumula alta de 19,5%. No ano, sobe 18%. Perto
do fechamento, as ações preferenciais da
Petrobras e Vale caíam cerca de 0,12% e 0,79%,
respectivamente. Banco do Brasil subia mais de 2%. Itaú
e Bradesco também operavam com ganhos.
Os
investidores avaliaram o resultado da reunião do |
PMDB que
definiu pelo rompimento com o governo. Segundo a
Reuters, investidores apostam que uma saída do PMDB da
base do governo aumentaria as chances de impeachment da
presidente Dilma Rousseff. |
Muitos
operadores enxergam que essa saída como um passo para a
recuperação da economia brasileira. Outros, porém, ressaltam que
as turbulências políticas tendem a dificultar o ajuste
econômico.
No exterior, a
sessão foi marcada pela queda nas commodities e fraqueza dos
principais índices acionários, enquanto agentes financeiros
aguardam discurso da chair do Federal Reserve, Janet Yellen, nos
Estados Unidos.
Na véspera, o
principal índice de ações da bolsa subiu 2,38%, aos 50.838
pontos. No mês de março, o Ibovespa acumula alta de 18,7%. Em
2016, o avanço é de 17,2%.
*Fontes: G1/Política
e Economia
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