acompanhada pelo
médico pediatra, Dr. Paulo Bermudes, um cirurgião ortopedista,
um cirurgião gastroenterologista e um anestesista.
A Secretaria
Municipal de Saúde, através da diretora Luiza Tinelli entrou em
contato com o Hospital local, e através da responsável técnica
de Enfermagem soube quais foram os procedimentos de atendimento
ao menino.
Segundo
informações, na segunda-feira, ele foi levado pela mãe ao
atendimento no PSF do Morada do Sol, e retornando no dia
seguinte para novo atendimento. Diante do quadro de febre alta
intermitente, dores na barriga e distensão na perna o pediatra
encaminhou o menino para uma internação no Hospital, para a
realização de vários exames e ultrassom do abdômen e da perna.
Através do
ultrassom o médico responsável, Dr. Paulo Bermudes descartou a
hipótese de apendicite e solicitou o acompanhamento por um
médico ortopedista para avaliar o quadro, que a princípio
apresentava um abcesso no quadril, sendo diagnosticado como
sendo artrite séptica infecciosa, que provavelmente pode ter se
agravado por bactérias provenientes de uma infecção de amigdalas.
Mesmo diante do
quadro avançado de infecção o corpo clínico esteve bastante
confiante na recuperação após a cirurgia que foi realizada na
noite de quarta-feira, por volta das 22h, com duração de duas
horas, sem qualquer intercorrência. Após a cirurgia o menino foi
transferido para um quarto e durante a madrugada, por volta das
02h30, teve agitação e febre e falta de ar. O médico foi
acionado e levou o paciente para a urgência, solicitando ainda
sua transferência imediata para outro hospital da região.
Ao telefone o
médico informou a diretora de Saúde, que mesmo entubando o
paciente em razão da falta de ar, o procedimento acabou não
sendo suficiente, pois os órgãos internos foram paralisando e o
menino sofreu uma parada cardíaca, vindo a falecer.
Mesmo com o
resultado dos exames que indicavam infecção avançada, a
princípio a equipe médica não revelou o real quadro do menino à
família, por estarem confiantes na recuperação após a cirurgia.
Dr. Bermudes informou que a equipe médica ficou bastante abalada
com este revés, pois eram grandes as chances de sucesso. “Diante
da morte vem a impotência humana”, disse a diretora Municipal de
Saúde, Luiza Tinelli, que ficou bastante chocada com o caso.
Segundo alguns
profissionais da área médica, quadros clínicos onde o
diagnóstico para artrite séptica é desafiador até mesmo para
especialistas em doenças músculo-esqueléticas, e o tratamento
tardio ou inadequado pode causar danos irreversíveis, além de
uma taxa de letalidade de 11% dos casos. A doença tem certa
resistência a antibióticos convencionais.
Amigdalite
- A amigdalite é a inflamação com inchaço nas amígdalas.
Amígdalas é uma espécie de gânglios linfáticos localizados na
parte lateral da garganta e na parte de trás da boca. Elas
ajudam a manter bactérias e outros germes longe de locais em que
possam causar infecções.
As complicações
de amigdalite causada por estreptococos não tratada podem ser
graves. Crianças com amigdalite associada à infecção
estreptocócica ou à faringite devem geralmente resguardar em
casa até que tenham tomado os antibióticos por 24 horas. Isso
ajuda a reduzir a transmissão da doença.
Infecção generalizada, septicemia
- Septicemia é uma condição com risco de vida, que ocorre quando
um agente infeccioso - tais como bactérias, vírus ou fungo -
entra na corrente sanguínea de uma pessoa. A infecção afeta todo
o sistema imunitário, o que então desencadeia uma reação em
cadeia que podem provocar uma inflamação descontrolada no
organismo. Esta resposta de todo o organismo à infecção produz
mudanças de temperatura, da pressão arterial, frequência
cardíaca, contagem de células brancas do sangue e respiração. As
formas mais graves de sepse também podem causar uma disfunção de
órgãos ou o chamado choque séptico. A sepse requer cuidados
médicos imediatos.
Septicemia ou
infecção generalizada, na verdade, trata-se de uma inflamação
generalizada do próprio organismo contra uma infecção que pode
estar localizada em qualquer órgão. Essa inflamação pode levar a
parada de funcionamento de um ou de mais órgãos, com risco de
morte quando não descoberta e tratada rapidamente. Atualmente a
sepse é a principal causa de mortes nas unidades de terapia
intensiva (UTI), mata mais do que o infarto do miocárdio e do
que alguns tipos de câncer. O país tem uma das mais altas taxas
de mortalidade do mundo pela sepse. Estima-se que 400 mil novos
casos são diagnosticados por ano e 240 mil pessoas morrem
anualmente.
*Com
informações da
Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal
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