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O Papa Francisco revelou neste domingo, 28, que Cracóvia, na Polônia, será
a sede da próxima Jornada Mundial da Juventude, em 2016. A escolha da cidade,
anunciada durante a missa de envio, na praia de Copacabana, é uma homenagem ao
Papa João Paulo II, criador do evento.
Foi na cidade, para
onde se mudou na adolescência, que João Paulo II descobriu sua
vocação religiosa, tornando-se arcebispo em 1964. A realização
do encontro católico em Cracóvia também pode reforçar o processo
de sua canonização. |
Será a segunda vez que a Jornada Mundial da Juventude tem uma
cidade da Polônia como sede. Em 1991, a sexta JMJ aconteceu em
Czestochowa. Foi a primeira reunião de João Paulo II que
instituiu o evento, com jovens de um país do leste europeu.
Poloneses presentes no encontro do Rio de Janeiro comemoraram o anúncio do Papa
de que a próxima JMJ vai acontecer em seu país de origem. Segundo relatou o casal Slawek,
de
37a nos, e Kasia Jodynsky, de 32, os dois são frequentadores assíduos do evento e
estiveram nas 4 últimas edições. "Nós, inclusive, nos conhecemos durante a
jornada em Sidney, em 2008, e nos casamos logo depois", contou Kasia. Desta vez,
eles vieram em um grupo com cerca de 150 poloneses de Gdansk, cidade localizada
no norte do país. "Todos ficamos muito felizes ao escutar o anúncio do papa. Vai
ser mais uma jornada que não perderemos", disse Slawek.
Ao se despedir
dos jovens que lotaram a Praia de Copacabana para assistir à
missa de envio, o Papa Francisco voltou a pedir coragem e
generosidade, agradeceu pela acolhida e disse que levaria cada
um em seu coração. "Nunca tenham medo de ser generosos com
Cristo, vale a pena sair e ir com coragem e generosidade",
disse.
Hora de fazer discípulos
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Grande lema da JMJ 2013, “Ide e fazei discípulos” foi a tônica da homilia da
Missa de Envio e oração do Angelus, atos que encerraram o megaevento religioso
na praia de Copacabana. O foco, como não poderia deixar de ser, esteve com os
jovens.“Agora vocês devem
ir e transferir esta experiência aos demais”, pronunciou o
Pontífice. “A fé é uma chama que se faz mais viva quando
compartilhada. Jesus não nos trata como escravos, mas como
pessoas livres. Ele está sempre ao nosso lado nessa missão de
amor. Para onde Jesus nos manda, não há fronteiras, não há
limites”, completou.
Em alguns
momentos de entonação mais forte, deixando de lado os temas com
caráter mais social - bastante presente em outros discursos do
líder católico -, o papa Francisco conclamou “sua juventude”
para uma missão. “A Igreja precisa do entusiasmo de vocês. Esse
é o caminho a ser percorrido. Jovens tão criativos e audazes:
sigam adiante e não tenham medo. A Igreja e o Papa conta com
vocês”, disse.
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