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O mercado de produtos para animais de estimação aquece a economia de
Descalvado e os produtores encontram na internet uma maneira de ampliar os
negócios. O setor já responde por 30% da economia da cidade. São 12 pequenas
empresas e quatro indústrias de grande porte responsáveis pela produção dos mais
diversos itens voltados para o mercado pet, desde a alimentação, até perfumes e
enxaguantes bucais para tirar o mau hálito dos animaizinhos.
O apego dos donos pelos bichos de estimação influencia no crescimento do
mercado, já que eles não medem esforços e dinheiro para agradar. “É bichinho de
pelúcia, de plástico, que fazem barulho, tapetinhos, qualquer tipo de
vestidinho, laços, petiscos”, enumerou a agente de saúde Marília de Oliveira
Quintana. |
A empresária Ana Canova Boccia diz que gasta até R$ 500 por mês
com seu animal de estimação. “Eu tenho vários gatos, cachorros,
mas só com uma, a Marie Claire, gasto em torno de R$ 300, R$ 500
por mês”, disse.
Se de um lado estão
os donos dispostos a pagar por todas as novidades, do outro
estão as empresas que investem no setor e mudam a vocação
econômica de Descalvado. A cidade já foi um importante centro
para a avicultura e hoje cresce no mercado pet.
O coordenador de
materiais e treinamento André Cokely Ribeiro acompanhou essa
mudança de perto. A empresa em que trabalha começou produzindo
remédios para aves e, atualmente, quase 35% de tudo que fabrica
vão para o mercado de animais de estimação. “O mercado estava
emergente e naturalmente a evolução da linha, dos produtos foi
em prol de acompanhar esse mercado e suprir essa demanda que
ainda continua crescente”, afirmou.
Internet
- Para ampliar os negócios, muitas dessas empresas têm investido
na internet. O médico veterinário Eduardo Teixeira trocou a
profissão para apostar em uma ideia e criou produtos para os
animais, pensando nas dificuldades que encontrou enquanto
atendia na clínica. Desenvolveu, por exemplo, uma plataforma que
ajuda os cachorros a sair da piscina e evita que eles se
afoguem.
O produto é
vendido em uma empresa virtual. “A empresa online é muito mais
dinâmica, mais rápida, e você tem um contato muito mais próximo
do cliente, em todo o Brasil”, comentou Teixeira.
Segundo uma
pesquisa feita pelo Ibope, as vendas de produtos pet pela
internet dobrou no ano passado. A funcionária pública Luciana
Mussolini está nessas estatísticas. “Nós, com a correria do dia
a dia, não temos tempo de ir até os pet shops explorar o que tem
ali”, disse.
Projeto da
Prefeitura - O mercado pet também tem ajudado a transformar
a vida de mulheres que integram um projeto criado há um ano e
meio pela Prefeitura. Elas aprenderam a costurar e fazer roupas
de cama para os animais de estimação. A produção de 500 peças
por mês é vendidas para toda a região e para outros estados. Há
uma semana criaram um site para ampliar os negócios.
“Fizemos
para divulgar, porque mesmo que o vendedor passe e a
pessoa na primeira vez não compre, pelo menos ela recebe
um cartão, visita o site e conhece o nosso material”,
explicou a professora Benedita Pitarello.
Quase todas
as funcionárias são donas de casa que não tinham uma
profissão. O que ganham ainda é pouco, cerca de R$ 150
por mês. Mas para a costureira Vera Lúcia dos Santos
Paro, a conquista da independência foi importante. “Não
preciso ficar pedindo dinheiro para o marido, se eu
quiser ir ao cabeleireiro não preciso ficar
perguntando”, disse.
*Fonte: G1/São Carlos |
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Projeto da
Prefeitura de Descalvado também tem site com produtos
pet
(Foto: Rodrigo Sargaço/EPTV) |
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