Coordenador
educacional foi preso por favorecer
prostituição (Foto: Deivide Leme/Tribuna Impressa |
Um educador de
Araraquara foi preso enquanto trabalhava, na tarde de ontem,
acusado de favorecimento da prostituição ou outra forma de
exploração sexual de vulnerável.
Marcos Liba, de 36
anos, é coordenador de um colégio particular de classe alta da
cidade e, há dois meses, vinha conversando com um aluno de
apenas 14 anos por meio do Facebook.
“Ele criou um
perfil fake [falso], em agosto, com o nome de João Daletto, e
passou a chamar o adolescente para ter relações sexuais em troca
de dinheiro e de boas notas em provas”, explica o delegado Elton
Hugo Negrini, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG). |
Em alguns trechos, Liba oferecia de R$ 800 a R$ 1 mil por mês
para que o garoto mantivesse relações sexuais com ele.
“De boa
com grana e na escola. Dou a prova um dia antes para
você tirar boa nota” e “Não quer uma nota de R$ 100
hoje?”, são alguns dos trechos da conversa do educador,
que traz ainda diálogos claros de aliciamento sexual.
O garoto ignorou por dias o estranho contato, mas acabou desconfiando de quem se
tratava, já que o acusado dava alguns detalhes para chamar a atenção do
adolescente. “O garoto teve a certeza que era ele, pois o coordenador passava
detalhes de dentro da escola e chamava ele pelo sobrenome, sendo que era o único
a chamá-lo assim”, explica o delegado. |
|
Para ganhar a confiança do educador, o garoto começou a conversar e fazer o que
ele pedia, para que tivesse certeza de quem se tratava.
Denúncia
- Na quinta-feira, o garoto contou ao padrasto sobre o caso e
mostrou toda a conversa. O padrasto procurou o pai do
adolescente e ambos foram à delegacia para denunciar.
“Eles falaram
sobre o caso e trouxeram toda a conversa. Prendemos o
coordenador ainda na escola. Agora, faremos o caminho inverso,
olhando o notebook e celular do coordenador para saber se este é
ou não o único caso”, afirma o delegado Negrini.
Liba poderá
pegar de 4 a 10 anos - Marcos Liba foi levado à delegacia,
onde acabou confessando ter mantido tais conversas com o aluno.
O educador, que preferiu não se pronunciar sobre o caso, foi
indiciado por favorecimento à prostituição de vulnerável, já que
se trata de um menor de idade.
Após ser ouvido
e passar pelo Instituto Médico Legal (IML) para exames, o
educador foi encaminhado à Cadeia Pública de São Carlos e ainda
hoje será transferido para a cadeia de Serra Azul. Se comprovada
sua culpa, o educador poderá pegar entre quatro e dez anos de
prisão.
Educador
- Marcos Liba é formado em Ciências Sociais pela Unesp de
Araraquara e é especialista em Educação. Ele trabalha com a
realização de palestras, oficinas e na coordenação de uma
escola, além de realizar campanhas de alerta sobre bullying.
Seus trabalhos
são reconhecidos até pelo próprio pai do jovem. “O pai do
estudante afirmou que o coordenador era um bom professor, que
realizava trabalhos importantes como o campanhas de combate ao
bullying”, ressalta o delegado Elton Hugo Negrini.
Através de sua
assessoria de imprensa, a escola onde trabalha Liba, afirmou que
só se pronunciará após o advogado tomar ciência do caso.
*Fonte:
Araraquara.com
|