Foto:
Valdir Penteado / Comando VP |
A Polícia Civil prendeu nesta terça-feira (8) em São Carlos, o suspeito de
matar Maiara Cristina de Oliveira. Grávida de sete meses, ela foi assassinada
com três tiros em Leme, em janeiro deste ano. O autor do crime foi indiciado
por homicídio doloso triplamente qualificado e aborto sem consentimento da
vítima. O advogado de defesa não foi encontrado para comentar o caso.
Segundo o delegado
Gilberto de Aquino, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG),
o suspeito era casado, mas mantinha uma relação extraconjugal
com a |
vítima. “Ele não
queria que a família soubesse. Quando ela ficou grávida, ele deu
medicamento abortivo para que ela tomasse. Ela não aceitou.
Esses medicamentos ficaram guardados na casa dela e foram
apreendidos”, relatou o delegado.
Aquino revelou ainda que no dia do crime o suspeito levou a vítima para Leme,
onde ela foi assassinada. “No momento que isso aconteceu nós provamos que ele se
encontrava naquela cidade no mesmo local conforme conta nos trabalhos realizados
pela inteligência. Então não há duvida”, afirmou.
Ainda segundo o delegado, o suspeito mantinha um contato em Leme. “Essa pessoa
confessou seu envolvimento no crime. Ele não está preso porque a Justiça ainda
não decretou. O juiz alegou que ele emprestou a arma do crime sem ter
conhecimento que ela [Maiara] iria ser assassinada”, explicou o delegado.
Gravidez
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O delegado da DIG disse que será instaurado um inquérito complementar na cidade
de Limeira (SP) para apurar o motivo de o Instituto Médico Legal (IML) ter
informado que Maiara não estava esperando um bebê.
“De
acordo com os documentos dos autos Maiara encontrava-se
grávida até a data do fato, ou seja, eles acolheram as
declarações feitas pela médica especialista que atendeu
a vítima um dia antes do crime. Assim como havia todos
os documentos comprobatórios de ultrassonografia e
pré-natal do posto de saúde”, disse Aquino.
O autor do crime, que é funcionário público em São Carlos, ficará preso na
cidade até o julgamento, que irá ocorrer em Leme, local em que ocorreu o
assassinato. |
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O caso -
Maiara desapareceu no mesmo dia que o corpo foi encontrado em
uma área rural de Leme. Ela foi enterrada como indigente no dia
8 e foi reconhecida depois que a família registrou o
desaparecimento no dia 7, o que levou a polícia a suspeitar que
fosse a mesma mulher.
Em março a
Delegacia de Investigações Gerais (DIG), em São Carlos, passou a
investigar o assassinato de Maiara. O caso estava com a Polícia
Civil de Leme, onde o corpo foi encontrado, mas a Justiça
atendeu a um pedido da promotoria pela mudança. O objetivo foi
agilizar o trabalho.
*Fonte: G1/São Carlos
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