Foto: Rose
Brasil |
O consumidor deve preparar o bolso: o preço médio das carnes bovina, suína e de
frango subiu nos últimos 30 dias e a previsão é de que os aumentos continuem até
o fim do ano. Na primeira
semana de setembro, em açougues do centro de Ribeirão Preto, o
quilo do frango resfriado custava em média R$ 4,20 e, nesta
segunda-feira (14), era encontrado por R$ 5,90 em açougues, em
salto de 40,47%.
Já o quilo do
patinho valia R$ 13,50 em setembro, e ontem era vendido por
médios R$ 15,50, em reajuste de 14,81%. No caso da costela
suína, o quilo aumentou 22,30%: foi de R$ 13 para atuais R$
15,90. |
Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea),
da Esalq/USP, os motivos das altas são principalmente a oferta
menor de animais para abate e os preços elevados do milho e do
farelo de soja, que formam a alimentação animal.
Há um terceiro
motivo: o morador mantém o ritmo de consumo, o que pressiona
ainda mais os preços.
“Adquirimos
carnes diariamente e os preços que pagamos só têm subido e devem
continuar em alta”, diz Márcio Luiz Ferreira, do Açougue do
Mercadão, no Mercado Municipal, no centro de Ribeirão.
A dona de casa
Fátima Gonçalves, moradora do Parque Ribeirão, conferia nesta
segunda os preços de cortes bovinos no estabelecimento.
“Está tudo muito
caro, mas não tem jeito de ficar sem carne vermelha”, disse. “A
saída é comprar um corte de segunda.”
Valores tendem a
cair, mas só no médio prazo - Os preços tendem a cair no médio
prazo. Para pesquisadores do Cepea, da Esalq/USP, incentivado
pelo consumo firme, o setor deve receber novos investimentos.
Segundo a
Associação Brasileira de Produtores de Pinto de Corte (Apinco) o
volume da carne produzido em agosto somou 1,06 milhão de
toneladas, 2,7% abaixo de junho.
Conforme o Cepea,
no início deste ano os baixos valores pagos pelo suíno vivo
fizeram com que produtores ofertassem volume maior de cabeças
para manutenção da atividade.
Já estimativas
da Assocon (Associação Nacional dos Confinadores) mostram que a
quantidade de boi confinado este ano no Brasil deve ser de 3,3
milhões de cabeças, abaixo das 3,7 milhões projetadas em abril.
*Fonte:
Jornal A Cidade
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