O pedido pela instalação da CPI contou com cinco assinaturas 
				dentre os 11 vereadores: Edevaldo Benedito Guilherme Neves, 
				Henrique Fernando do Nascimento, José Augusto Cavalcante Navas,  
				Luiz Carlos Vick Francisco e Rubens Algarte de Rezende. Seguindo 
				o Regimento Interno da Câmara, o pedido será votado na próxima 
				sessão, dia 30 de setembro, devendo ser aprovado pela maioria em 
				plenário.
				Na história do Poder Legislativo, essa poderá ser a segunda CPI 
				instaurada pela Câmara. Em meados de 2002, o ex-prefeito José 
				Carlos Calza e toda a sua administração  foram objeto de 
				investigação por uma Comissão Parlamentar de Inquérito que, após 
				178 dias de investigação, concluiu seus trabalhos apresentando 
				um relatório com cerca de 21 irregularidades administrativas 
				praticadas pela gestão de Calza. 
				Dentre elas, a 
				mais grave foi a do caso ‘JN’ e ‘Só Grama’, em que a Prefeitura 
				contratou a empresa com indevida dispensa de licitação e 
				fracionamento do objeto, consideradas irregularidades insanáveis 
				pelo descumprimento da Lei 8.666/93, lei das licitações. Além 
				disso, foi identificado pela CPI que a JN recebeu valores dos 
				cofres públicos, sem ter prestado os devidos serviços à 
				municipalidade. 
				REGIME DE 
				URGÊNCIA ESPECIAL PARA VOTAÇÃO DE PROJETOS É NEGADO – 
				diferente do que aconteceu nas últimas edições das Sessões da 
				Câmara, pelo menos um pedido de votação em regime de urgência 
				especial foi negado pela maioria dos legisladores, com a 
				justificativa de que havia a necessidade do estudo e melhor 
				conhecimento dos projetos  em questão. 
				O vereador 
				Helton Antônio Venâncio chegou a solicitar que 12 projetos que 
				foram considerados de deliberação na segunda-feira, fossem 
				votados na mesma sessão. Todos eles tratam-se de abertura de 
				crédito adicional suplementar para diversos pagamentos a serem 
				feitos pela Prefeitura: R$ 1.450.000,00 de repasses à Santa Casa 
				para, segundo a provedoria, pagamento dos funcionários 
				contratados via Associação da Irmandade da Santa Casa e que 
				prestam serviços em repartições públicas; aquisição de 
				combustíveis; aquisição de produtos de diversas Secretarias, 
				entre outros pagamentos. 
				Na realidade, 
				todas essas solicitações de abertura de créditos suplementares 
				são conhecidas dos Vereadores, uma vez que na sessão 
				extraordinária solicitada pelo Poder Executivo em 06 de 
				setembro, eles foram apresentados, porém, no formato de um único 
				projeto cujo montante superava os R$ 3 milhões de reais. Na 
				ocasião, a maioria dos Vereadores rejeitou o projeto, com 
				pronunciamentos solicitando que a Prefeitura enviasse 
				discriminadamente e individualmente, cada necessidade por 
				crédito adicional suplementar. 
				O que aconteceu 
				nesta segunda-feira, porém, é que cinco vereadores (Edevaldo 
				Guilherme, Henrique da Caixa, Rubens Algarte, Guto Cavalcante e 
				Vick Francisco) votaram contra o pedido de regime de urgência 
				especial. Vick, aliás, pediu ao colega Helton que justificasse a 
				votação emergencial dos projetos, o qual por sua vez, explicou 
				que esses eram projetos conhecidos dos parlamentares e que a 
				Prefeitura tinha urgência para proceder com alguns pagamentos. 
				A favor do 
				pedido de votação na mesma sessão, além do autor do pedido, se 
				posicionaram Pastor Adilson Gonçalves, Argeu Donizete Reschini, 
				José Dias Bolcão e Sebastião José Ricci. Com o empate, houve a 
				necessidade do voto de minerva da Presidente da Casa, Ana Paula 
				Peripato Guerra, que justificou o seu voto contrário, derrubando 
				o pedido. 
				“Esses projetos 
				retornaram individualmente para a Casa em 19 de setembro, sendo 
				protocolados nesta data. Não houve tempo hábil nem para os 
				Vereadores e nem para as Comissões Permanentes analisarem com 
				afinco, cada um dos projetos. Estamos lidando com dinheiro 
				público, então é preciso que se tenha responsabilidade e 
				clareza. E para que as coisas aconteçam dentro da legalidade, de 
				forma correta, eu sou contra o pedido de regime de urgência 
				especial, isto para que as comissões tenham o tempo suficiente 
				para analisar todos os projetos”, disse Paula. 
				SESSÃO 
				EXTRAORDINÁRIA – Apesar do posicionamento dos vereadores, já 
				na terça-feira, 24, o Prefeito Interino, Anderson Aparecido 
				Sposito entrou com pedido de sessão extraordinária junto à 
				Câmara Municipal, para apreciação dos mesmos 12 projetos. 
				A sessão irá 
				acontecer na quinta-feira, 26, a partir das 19h. 
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