Segundo economistas, a elevação do endividamento das famílias 
				está relacionada com o fraco crescimento da economia brasileira, 
				que gera expansão menor da renda; com o aumento da inflação, que 
				ao corroer o poder de compra da população impulsiona a busca por 
				novos empréstimos; e, também, com a procura pelo crédito 
				imobiliário.
				O endividamento das 
				famílias vem registrando alta desde o início da série histórica 
				da autoridade monetária, em janeiro de 2005. Naquela época, 
				estava em um patamar bem menor: 18,39%. Em fevereiro de 2007, 
				atingiu a marca de 25% e, no início de 2008, superou a barreira 
				dos 30%. A marca dos 40% foi registrada no começo de 2011. 
				"O endividamento 
				das famílias tem acompanhado o aumento do patamar do crédito 
				frente ao PIB. É fundamental frisar que este crescimento ocorre 
				em bases bastante seguras, sustentáveis em termos do sistema 
				financeiro. Em termos das famílias, o comprometimento de renda 
				mostra um aspecto interessante. Ele aumentou em um primeiro 
				momento, mas já há alguns meses mostra relativa estabilidade", 
				avaliou o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel. 
				Endividamento 
				tem pequena queda sem crédito imobiliário - Os dados do BC 
				mostram que, excluindo o crédito imobiliário, o endividamento 
				das famílias registrou pequena queda. Em doze meses até julho, 
				somou 30,42% – contra 30,49% no ano encerrado em junho. Entre 
				maio de 2011 e setembro de 2012, este indicador operou acima de 
				31%. O patamar atual, porém, está bem acima do registrado no 
				início da série histórica, em 2005, quando somava 15,2%. 
				"A expansão do 
				crédito tem sido concentrada no crédito para investimento, seja 
				pessoa jurídica, seja de famílias, que é o crédito imobiliário. 
				Não por outra razão, quando a gente olha os indicadores de 
				endividamento, têm subido moderadamente. O comprometimento de 
				renda mostra-se relativamente estável. Quando olha o 
				comprometimento de renda, excluindo as obrigações para crédito 
				imobiliário, mostra recuo nos últimos meses. É um crédito 
				concentrado na parte de investimentos", declarou Maciel, do BC. 
				Comprometimento 
				da renda recua - Os números da autoridade monetária também 
				revelam que o comprometimento mensal da renda das famílias com 
				pagamento de empréstimos para instituições financeiras registrou 
				pequena queda no mês de julho, para 21,50%, contra 21,58% em 
				junho deste ano. Em 2005, este indicador estava em 15,61%, 
				atingindo a barreira dos 20% em junho de 2011. 
				*Com 
				informações do G1/Economia 
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