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A história do
artesanato tem início no mundo com a própria história do homem,
pois a necessidade de se produzir bens de utilidades e uso
rotineiro, e até mesmo adornos, expressou a capacidade criativa
e produtiva como forma de trabalho.Os primeiros artesãos
surgiram no período neolítico (6.000 a.C) quando o homem
aprendeu a polir a pedra, a fabricar a cerâmica e a tecer fibras
animais e vegetais.
No Brasil, o
artesanato também surgiu neste período. Os índios foram os mais
antigos artesãos. Eles utilizavam a arte da pintura usando
pigmentos naturais, a cestaria e a cerâmica, sem esquecer a arte
plumária como os cocares, tangas e outras peças de vestuário
feitos com penas e plumas de aves.
O artesanato
pode ser erudito, popular e folclórico, podendo ser manifestado
de várias formas. Em nosso país, temos um dos artesanatos mais
ricos do mundo, o qual garante o sustento de muitas famílias e
comunidades. E aqui em Descalvado não é diferente: temos um
celeiro vasto de artistas e artesões que além de representarem a
nossa cultura, projetam a nossa própria história. |
Michelle Fachini de Oliveira, 33, a mãe da pequena ‘Larinha’ e
esposa de Alessandro Spadari, é uma dentre tantas artistas locais
que, com o seu trabalho, na verdade um dom divino, encanta pela
doçura e criatividade de suas peças. Dentre tantas opções no
artesanato e após experimentar na prática alguns deles, ela resolveu
dedicar-se à arte com o papel.
“Desde a época da
faculdade, quando cursava Fisioterapia, sempre fazia algumas
bijuterias para vender. Depois, quando engravidei e me ausentei da
minha profissão, escolhi o artesanato em madeira como passatempo e
uma maneira de ganhar um dinheiro extra. Com o passar do tempo,
comecei a mexer com outros tipos de artesanato, como por exemplo,
bolsas em tecido feitas na máquina de costura. Mas o que me encantou
mesmo, foi o papel. Comecei fazendo convites de casamento e
aniversário, e depois fui aprimorando a técnica do scrapbook e então
comecei a fazer livros e álbuns personalizados. E hoje faço tudo
relacionado ao papel: convites, lembrancinhas, álbuns etc”, contou.
A sua especialidade
são os produtos personalizados, ela confecciona forminhas de doces
para aniversários e casamentos, rótulos personalizados, convites,
objetos em 3D, livros de assinaturas e álbuns para fotos.
Mas, num mundo onde
a modernidade impera, a gente se pergunta se é sempre possível
inovar através do artesanato. Para a artesã Michelle, sim: “A cada
dia surgem novas técnicas e tendências no artesanato. Sempre surgem
personagens diferentes para as festas infantis, o que me faz sempre
renovar o meu portfólio”, diz, a qual tem o artesanato primeiro como
paixão e, consequentemente, como fonte de renda.
Mas de onde vem
tanta inspiração? “Por incrível que pareça tenho ideias quando vou
dormir, rsrsr! É verdade! Mas também estou sempre pesquisando na
internet e sempre dando o toque pessoal e particular, sem copiar
nada de ninguém”, destacou.
O público de
Michelle são pessoas que gostam de produtos diferenciados,
requintados e personalizados. Ela tem uma loja virtual no site Elo
7, que é um site destinado a artesanato de todos os tipos.
Quanto à valorização
do trabalho artesão em si, Michelle é categórica: “deveria ser mais
valorizado. Algumas pessoas, além de não valorizar nosso trabalho,
reclamam que os produtos são caros. Mas não admiram a obra em si e o
trabalho que levamos para desenvolver o produto. Eu sempre digo que
o mais difícil, é você criar algo para alguém. Depois de criado,
executar o projeto é fácil. Mas ficar ali, pensando horas e horas o
que fazer é difícil. Cada um tem um gosto próprio, e é muito
difícil agradar a todo mundo. E o artesão tem esse dom, de conseguir
cativar o cliente na criação do produto em que ele idealizou. É uma
pena não sermos reconhecidos como deveríamos”.
Apesar dos
‘contras’, a profissão escolhida por Michelle tem muito mais prós,
pois além de ser uma realização pessoal, é a materialização de um
dom divino e especial, concedido a pessoas de sensibilidade e
criatividade.
Trabalhar com
artesanato realmente é uma arte que exige muito amor e dom para
produzir as peças. O trabalho exige conhecimento na escolha da
matéria prima adequada, técnicas de manuseio, criatividade e uma
série de conhecimentos para conseguir finalizar a obra, como a
mistura equilibrada de cores, a correta união de itens delicados e
que darão leveza no produto e o conhecimento de tendências e temas.
Todas qualidades e virtudes que a mãe da Lara possui de sobra!
SERVIÇO: Para
contar a artesão Michelle, basta acessar a sua página no
Facebook
ou ainda visitar o site da
Elo 7.
Seguem links abaixo, assim como e-mail
mifachini@hotmail.com.
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