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Em uma megaoperação iniciada na madrugada da
última sexta-feira (5), a Polícia Civil
e o Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) prenderam
22 pessoas, uma delas de Ribeirão Preto, que atuavam em quadrilha de
falsificação de defensivos agrícolas. Sete pessoas estão foragidas. A Justiça
expediu 100 mandados de prisão em São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso.
A Polícia estima
que em quatro anos de atuação a quadrilha desarticulada acumulou
R$ 20 milhões.
Entre os presos,
estava o chefe do esquema criminoso, que morava em Franca. Ele
tentou fugir, se escondendo em um poço de 10 metros de
profundidade, mas foi capturado. |
O ribeirão-pretano Gustavo Tanaka, 30 anos, foi preso no bairro
Santa Cruz e é acusado de fazer o material gráfico para a
confecção dos rótulos e etiquetas que acompanham as embalagens
dos produtos comercializados.
Diversas embalagens
e computadores foram apreendidos em Ribeirão. Em Cristais
Paulista funcionava um equipado laboratório, onde os produtos
irregulares eram produzidos. Cerca de 200 policiais civis
participaram da operação.
TECNOLOGIA
- A Polícia utilizou alta tecnologia durante as investigações:
drones e fios de fibra ótica com câmeras nas pontas foram
utilizados. Em três horas de operação foram recolhidos mais de
40 veículos. “As pessoas que estão sendo presas hoje gerenciam
uma organização criminosa destinada a produção, preparação e
revenda de agrotóxicos”, pontuou o delegado de Franca, Leopoldo
Novaes. O promotor Rafael Queiroz Piola, do Gaeco de Franca,
informou que a operação deve continuar hoje.
RÓTULOS FALSOS
- Em Ribeirão Preto, a Polícia Civil cumpriu na manhã do
dia 5, seis mandados de busca e apreensão nos bairros
Vila Virgínia, Vila Carvalho, Jardim Bandeirantes e
Jardim Santa Luzia.
Nos locais
vistoriados pela Polícia Civil em Ribeirão Preto foram
apreendidos um computador, três notebooks, recibos e
notas fiscais, além de embalagens plásticas produzidas
em uma pequena indústria na Vila Carvalho, zona Norte da
cidade. A participação da cidade no esquema era com a
fabricação de rótulos, falsificados com nomes de grandes
empresas do segmento. |
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A Polícia ainda
não tem estimativas dos prejuízos causados aos agricultores com
a utilização dos produtos falsos. Seis equipes totalizando 24
policiais civis participaram da ação.
*Com
do Jornal A Cidade e fotos de Maurício Glauco
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