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Com uma proposta de
ressocialização e de
recuperação da autoestima do ser humano, aconteceram nesta semana
duas importantes reuniões na Prefeitura Municipal, com o intuito
de
formular um projeto visando uma solução para o problema dos
moradores de rua de Descalvado. Um problema que antes
concentrava-se apenas em grandes centros, mas que agora também
se faz presente em cidades menores.
De um modo geral,
os moradores de rua sempre foram tratados com certo receio, pelo
fato de que muitos deles estão ligados à dependência do álcool
ou das drogas. Com a disseminação do crack, o problema se
agravou e a situação vêm se tornando cada vez mais preocupante.
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Diante disso e durante esta semana, foram realizadas reuniões
para a discussão do problema social, e que pode a curto prazo,
surtir efeitos de forma estratégica e prática. A primeiro
reunião ocorreu na manhã da ultima terça-feira (04) e contou com
a participação de representantes dos poderes constituídos, além
de membros da sociedade civil. Do encontro, saiu uma definição
para a composição de uma equipe multiprofissional para dar
prosseguimento aos desafios propostos.
No dia seguinte
(05), os membros desta nova equipe reuniram-se para definir um
plano de ação efetivo. Coordenado de forma conjunta pelas Secretarias
Municipais de Assistência e Promoção Social e da Saúde, o
trabalho iniciará por meio de assistentes
sociais, psicólogos e profissionais de outros setores do
município, que estarão a partir da próxima segunda-feira (10),
visitando os locais considerados mais críticos e onde há uma concentração
maior destes moradores de rua. Lugares por exemplo como as proximidades do
Cemitério Municipal, do Jardim Velho e da Praça do Lago deverão
ser os primeiros locais onde o projeto de inclusão e
ressocialização deverá ter início.
Equipes
divididas estrategicamente farão uma espécie de “censo” para
fazer um levantamento detalhado sobre esses moradores de rua,
obtendo informações como local de origem, documentação e
problemas de saúde. Após esta etapa e de posse dessas
informações, haverá a possibilidade de se desenvolver um
trabalho voltado ao encaminhamento desses moradores, promovendo
a sua reinserção junto à sociedade, ao convívio familiar e até
mesmo no mercado de trabalho, possibilitando a chance de uma
nova vida à esses desabrigados.
O trabalho prevê
várias etapas, que se estende desde a visita à municípios que já
fazem um trabalho parecido, como é o caso de Porto Ferreira, até
o acolhimento em um local adequado com a prática de atividades
terapêuticas e profissionais.
“O problema é
extremamente sério, porque estamos falando de seres humanos.
Para solucionarmos isso, existe a necessidade do envolvimento de
todos. Por isso que chamamos para o debate representantes de
vários segmentos, além da prefeitura, como representantes do
judiciário, das policias, de comunidades religiosas, ONG's,
enfim toda a sociedade civil. Estamos trabalhando neste projeto
com muita cautela e responsabilidade, primeiro para que esta
ação produza o efeito jurídico necessário, e depois
consequentemente apresentar resultados positivos em prol deles
[moradores de rua] e também da comunidade descalvadense. Ocupar
o tempo ocioso dessas pessoas é uma alternativa eficaz eu
creio”, comentou o Prefeito Henrique do Nascimento (PMDB).
Durante uma
das reuniões a primeira-dama Rosangela Clemente do
Nascimento explanou sobre uma das etapas do projeto, e
que trata da implantação de um Centro de Acolhimento
onde os ocupantes do espaço teriam ocupações
terapêuticas, atividades profissionais e condições
básicas de higiene pessoal, além de uma alimentação
adequada. “Estamos buscando alternativas para
implementarmos novas etapas do projeto. Firmar parcerias
com a iniciativa privada, por exemplo, seria um caminho.
A questão dos moradores de rua não é um problema só da
Prefeitura e sim de toda a sociedade, porém cabe a nós do poder
público oferecer |
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mecanismos
para consolidar
um projeto como este. A partir daí poderemos promover uma
política de inclusão social”, disse a Secretária de
Assistência Social. |
Já para o
Secretário de Saúde, auxiliar na busca por uma solução do
problema demonstra o quanto a pasta que ele coordena tem
interesse em contribuir para as melhorias necessárias. “É sabido
que este problema se arrasta há muito tempo. Classifico esta
iniciativa como de suma importância para iniciarmos a solução da
questão, que também é de saúde pública. Os profissionais
envolvidos e que estarão à campo são qualificados e de extrema
responsabilidade para prática do projeto”, comentou o secretário
Carlos Bianchi.
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