Há nove meses, a
				
				
				edição de número 35 do
				JORNAL DESCALVADO NEWS
				veiculou reportagem 
				mostrando a já caótica situação do Nosso Clube, mas a notícia 
				trazia uma luz no fim do túnel: uma nova diretoria, tendo a 
				frente o sr. Vitalino Ormanesi, formada após o desligamento do 
				seu último presidente (Daniel Donizetti Moreira), estava 
				reunindo forças para tentar reaver o seu funcionamento.
				À época, a primeira 
				atitude foi um contato com a Prefeitura Municipal para 
				iniciar-se uma tratativa de possível parceria público privada. 
				Havia a intenção de se firmar um acordo entre o Nosso Clube e a 
				Prefeitura para a prática de atividades esportivas voltadas aos 
				programas desenvolvidos no município, mas, essa discussão não 
				foi levada adiante. 
				E, a realidade 
				do Nosso Clube que já era ruim com a interrupção de suas 
				atividades, acúmulo de dívidas de ordem trabalhista, impostos 
				federais, municipais e fornecedores, ficou ainda pior. 
				Não há hoje um 
				local sequer de suas dependências que não esteja danificado, 
				quebrado, vandalizado, destruído. A começar pelo salão social, 
				inaugurado em janeiro de 1993 (na gestão de Delayr Cassamasso). 
				Palco de grandes eventos e opção mais procurada para locações na 
				cidade, hoje está com todos os vidros de portas e janelas 
				quebrados, paredes sujas e pichadas, camarins do palco 
				deteriorados e o local, se tornou refúgio de pombos. 
				
				   
				  
				Há a informação 
				de que andarilhos estão pernoitando por lá, mas no momento da 
				reportagem, não foi possível localizar. O fato, porém é que 
				desde dezembro do ano passado, vários boletins de ocorrência 
				foram registrados na Polícia por invasão: com a chegada da PM 
				andarilhos e vândalos saem, mas, é só a autoridade se 
				distanciar, para que retornem ao local. 
				Na praça de 
				esportes, os brinquedos infantis estão praticamente encobertos 
				pelo mato e sujeira. Vestiários totalmente destruídos e 
				inutilizados e nem mesmo a sala das máquinas escapou da ação do 
				tempo e dos vândalos. 
				A situação das 
				piscinas é tão pior quanto a de toda a estrutura do clube. 
				Placas de lodo tomam conta do parque aquático. Por todo lado há 
				portas arrombadas, equipamentos danificados e um verdadeiro 
				cenário de destruição. 
				
				   
				  
				O 
				DESCALVADO NEWS 
				entrou em contato com Vitalino Ormanesi que confirmou ainda 
				estar à frente da Diretoria (na verdade uma Comissão 
				Provisória)  e que seus membros mantêm o mesmo desejo e intenção 
				de nove meses atrás: o de reabrir o clube. Mas disse que a 
				primeira inviabilidade está na obtenção do seu alvará de 
				funcionamento. 
				“Não conseguimos 
				o alvará de funcionamento, não há documentação para ser 
				apresentada, livros de ata, assembléia. A questão administrativa 
				do clube também está perdida”, disse. 
				Vitalino 
				ressaltou que mediante a administração interina, uma conversa ou 
				qualquer tipo de acordo não foi viável, mas que um contato com a 
				atual gestão, já está sendo providenciado. “Agora com uma 
				administração definitiva, um prefeito de fato, acreditamos que 
				as conversas podem acontecer. Estamos viabilizando isso”, 
				destacou. 
				PRESIDENTE COM 
				MAIS MANDATOS NO CLUBE, LAMENTA SITUAÇÃO 
				- Permanecendo por mais de uma década frente à Presidência do 
				Nosso Clube, Delayr Cassamasso vê com grande pesar a situação do 
				local que administrou como fosse a sua casa. 
				Para ele, as 
				atuais condições do clube se justificam pela falta de 
				administração, pela falta de investimentos. “Eu ainda não fui 
				até lá, porque certamente não vou gostar de ver o que se 
				transformou o Nosso Clube. São realidades muito diferentes, a de 
				quando estávamos à frente da diretoria e a de hoje, 
				infelizmente”, disse. 
				Delayr foi 
				presidente nas gestões de 1989 a 1993; 1995 a 99 e, de 2003 a 
				junho de 2007 - época esta em que o clube já apresentava algumas 
				deficiências mas que, com trabalho de todos os membros foi 
				possível passar de 300 para 600 sócios pagantes. Na época áurea 
				do clube de lazer, ele contabilizava 1.200 associados. 
				O ex-presidente, 
				mais ainda sócio do local, disse que está disposto a colaborar e 
				acredita que o Nosso Clube pode voltar a ser frequentado pela 
				família descalvadense. “Para isso basta ter apoio, primeiro dos 
				sócios, depois de uma diretoria firme e com propósitos e também 
				da sociedade como um todo”, ressaltou.
				
				
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