No último
dia 29 de junho, a Represa Rosária (Descalvado)
apresentava nível normal da sua capacidade |
As chuvas que atingiram
as cidades do interior paulista durante essa semana não amenizam
o problema da seca na região. Com
pouca mudança nos reservatórios, as prefeituras de Franca, Itu, Sorocaba,
Ribeirão Preto e Campinas, por exemplo, permanecem com o racionamento que atinge mais de um
milhão de pessoas. Os técnicos da Sabesp de
Franca implantaram o racionamento de água em 25 bairros da cidade, atingindo
duas regiões, norte e a sul. Os meses de agosto setembro e outubro são período
de baixa produção de água nos rios que abastecem Franca, e isso preocupa os
engenheiros. Com falta de
chuvas desde novembro de 2013, a maioria dos reservatórios dos
municípios paulistas estão operando com níveis baixíssimos da
suas capacidades. O principal |
reservatório da
cidade de Itu está com menos de 4% da sua capacidade
armazenamento, e precisou recorrer à transposição das represas e
mananciais, além do racionamento. A concessionária Águas de
Itu usa 8 poços artesanais. Já outros municípios da região de
Sorocaba começarão o racionamento a partir desta segunda-feira
(14). Outras
cidades do interior sofrem com falta de água desde o dia 7 de julho.
Muitos já vem adotando o rodízio '12h por 12h', o que
tem permitido que a população tenha, mesmo que de forma precária, um abastecimento
de água por dia. Muitos departamentos de abastecimento de água também estão
recorrendo à pessoas que possuem reservatórios particulares, bombeando água desses
locais até as represas de abastecimento do município.
Ribeirão Preto
também sofre com a estiagem, assim como
diversos
municípios da nossa região,
como por exemplo
Santa Cruz
das Palmeiras
e
Santa Rita do Passa Quatro,
onde já estão em vigor o racionamento. Apesar de uma chuva leve,
as torneiras permanecem sem água por mais de 10 horas por dia.
Em Campinas, o
rio Atibaia está no limite, e há risco de faltar água. O
manancial que abastece 95% da população vem sofrendo quedas
bruscas de vazão. Apesar de o plano de racionamento oficial
seguir adiado, a falta de água atinge milhares de moradores. Já
os municípios da região de Araçatuba, como Marília, Bauru,
Birigui, Santa Fé do Sul e Guararapes continuam sofrendo com a
falta de chuvas.
DESCALVADO
- Na contramão deste problema enfrentado pela maioria dos
municípios paulistas, a cidade de Descalvado ainda não sofre com
o problema de abastecimento e racionamento de água. Boa parte
desta conquista se deve ao empenho da população, que entendeu a
necessidade de se economizar água, colaborando com a diminuição
do consumo. Porém, algumas medidas tomadas pela Secretaria
Municipal de Recursos Hídricos (Semarh), também vem garantindo a
normalidade do sistema de abastecimento de água do município.
Ao assumir a
pasta em janeiro deste ano, o Secretário Valdecir Marcolino
encontrou
as represas Rosária e Calmon com um dos níveis mais críticos de
toda a sua história.
Com a ajuda da Usina Ipiranga que atendeu ao pedido do Prefeito
Henrique Fernando do Nascimento e cedeu todo o equipamento
necessário para a transposição do Córrego da Onça até as
represas de abastecimento do município, a Semarh evitou que toda
a cidade pudesse passar pelo tão temido racionamento de água.
Muito criticados, principalmente por parte de alguns vereadores
do Legislativo local, o prefeito e o secretário mantiveram-se
firmes na estratégia e em pouco tempo a situação de calamidade
das represas foi revertida.
Enquanto a
maioria dos municípios vizinhos estão sofrendo com o
racionamento, Descalvado por enquanto está conseguindo manter
afastado o risco de desabastecimento de água para a sua
população.
Represas
Rosária e Calmon estão operando com sua capacidade normal,
apesar da estiagem
|