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Com a falta de chuva dos últimos meses, o nível
da água em alguns trechos do Rio Mogi Guaçu chegou a 55 centímetros, a pior marca dos últimos 40 anos.
Nessa época do ano, normalmente o nível deveria estar entre 2 e 3 metros. A
Defesa Civil teme que a situação afete o abastecimento de Porto Ferreira, Pirassununga
e Araras.
Em Porto ferreira, a água não encobre mais as colunas da ponte
metálica. Ao longo da margem, trechos de areia são cada vez
maiores. Segundo a Defesa Civil, de janeiro até maio choveu na
região quase 237 milímetros, o que representa apenas um terço do
volume registrado no mesmo período do ano passado. |
O nível da água não para de baixar. Em um trecho, onde era
praticamente impossível andar, o nível chegou a 55 centímetros,
sendo necessário uma nova régua de medição. “Se continuar sem
chuva [há risco de desabastecimento], mas se chover o rio ainda
é uma mãe aqui para a região”, disse o coordenador da Defesa
Civil de Porto Ferrera, Sérgio Cardoso de Moraes.
PREJUÍZOS -
O geólogo Sérgio Antonini afirmou que a estiagem traz vários
danos ao meio ambiente por causa da alta concentração de esgoto.
“Isso faz com que a matéria orgânica do esgoto queime o oxigênio
da água do rio, afetando os peixes”, afirmou.
A reprodução dos
peixes já foi afetada. “Além dele estar com nível baixo e com
esse problema de poluição, você não teve procriação das espécies
dos peixes, então isso vai ser afetado e vai ter esse impacto no
rio”.
O geólogo disse
ainda que seria preciso chover forte durante 20 dias na
cabeceira do rio na divisa entre Minas Gerais e São Paulo.
Navegar pelo Rio
está cada vez mais difícil, segundo o industrial Rui Ramos. Ele
disse que não consegue mais sair com o barco. “Faz de cinco a
seis meses que não se põe esse barco na água. Ele para e alguns
lugares tem que fincar o remo e empurrar a canoa”, afirmou.
*Com
informações do G1/São Carlos e fotos de Rodrigo Sargaço e Porto
Ferreira Hoje
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