Ninguém ficou ferido e nenhuma outra ocorrência foi registrada
durante a operação que ocorre de forma pacífica.
Com as próprias
mãos, a trabalhadora rural Adriana Fátima Maschio desmontou o
barraco. "Eu consegui uma casa de parente e agora vou para lá",
disse. Já a dona de casa Luciana Aparecida Ribeiro não tinha
para onde ir. "Não adianta levar a gente para um abrigo, deixar
dois, três dias. E depois para onde a gente vai? Não tenho
condições de pagar aluguel", relatou.
O major da PM
Valmeir Dias, que comandou a operação, disse que a saída das
famílias deve demorar."Acredtiamos que em um único dia não será
possível a realização. A ação deve levar mais dois dias",
declarou.
FALTA DE
ORIENTAÇÃO
- Antes da ação da polícia, alguns moradores já começaram a
deixar as casas. As famílias exigiram a presença de
representantes da Prefeitura. "Falaram que um assistente iria de
casa em casa orientar as pessoas que não tinham para onde ir.
Não vi um assistente social aqui", disse, chorando, a dona de
casa Gleice Pereira Serafim.
Uma equipe da
Prefeitura foi ao local, mas não soube informar para onde as
pessoas seriam levadas. A Secretaria da Cidadania e Assistência
Social realiza um cadastro com as famílias.
Segundo a
secretária Wiviane Spaziani Tiberti, ao menos 15 famílias foram
atendidas até por volta do meio-dia. “Conseguimos, por meio de
uma conversa com parentes e amigos, que eles possam acolher
essas pessoas até que sejam providencias as documentações para o
aluguel social”, disse.
O benefício
oferecido pelo município é calculado pela renda per capita de
cada pessoa e varia de R$ 140 a R$ 622. “As famílias que
estiverem dentro do perfil serão orientadas e o processo para
começar o pagamento deve começar dentro de um mês”, afirmou a
secretária.
INVASÃO - Em
fevereiro, a a administração municipal anunciou que entraria na
Justiça para a desocupação do terreno. Na época, cerca das 200
famílias que viviam no local iniciaram a divisão da área em
lotes. Na última quinta-feira (22), cerca de 30 pessoas foram
até a Prefeitura e realizaram um protesto pacífico em frente ao
prédio para reivindicar moradias.
*Com
informações do G1/São Carlos e fotos de Fábio Taconelli e Marco
A. Lúcio, do Jornal Primeira Página
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