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Apesar da chuva das últimas semanas, o Rio Mogi Guaçu está registrando a menor
quantidade de peixes subindo para reprodução em pelo menos seis anos, segundo
pesquisadores da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Apta). A piracema
já começou há dois meses e as
hipóteses para a situação ainda são estudadas.
O comportamento
atípico chamou a atenção dos pesquisadores, que procuram
respostas, já que rio está cheio e o período é propício para a
reprodução. Uma escadaria |
em Cachoeira de
Emas, o símbolo da piracema, é por onde os peixes sobem o rio
para se reproduzir, mas o cenário deste ano está diferente e
nenhum peixe é visto pulando.
SECA E CHUVA
- A explicação pode estar nos dois anos de seca enfrentados pelo
rio. Entre 2012 e 2014, o rio praticamente secou e era possível
ver e andar pelas pedras. “Devido a piracemas ruins de anos
anteriores fez com que diminuísse o número de exemplares no Rio
Mogi”, explicou o pesquisador da Apta Fábio Sussel.
Mesmo nesses
períodos mais difíceis, a piracema aconteceu. Com o rio
totalmente recuperado, o pesquisador acredita em outra hipótese.
“Devido a esse alto volume de água, felizmente, os peixes já
estão se preparando antes mesmo de chegar em Cachoeira de Emas e
já estão se reproduzindo em outras corredeiras ao longo do Rio
Mogi”, disse.
NORMALIZAÇÃO
- Até o início de janeiro devem chover 130 milímetros
em Pirassununga, mais da metade do esperado para todo o mês. O
período de reprodução vai até 28 de fevereiro e a expectativa é
que no começo do ano tudo volte ao normal. “Nós pesquisadores
estudamos muitos anos para tentar entender a natureza, até
sabermos um pouquinho, mas ela é muito mais sábia que nós e
certamente ela está esperando o melhor momento para a piracema”,
disse.
*Fonte
e foto: G1/São Carlos
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