de R$ 13,5
milhões, referente à compensações efetuadas no pagamento de
contribuições previdenciárias nos anos de 2012 e 2013 [18 no total].
Na prática, significa dizer que a Prefeitura Municipal deu um 'calote'
de R$ 10.085.587,36 no Governo Federal, mais especificamente na
Previdência Social. Após contratar a empresa de advocacia 'Castellucci &
Figueiredo', a Prefeitura passou a seguir as orientações dos advogados
contratados, que segundo informações de alguns juristas consultados pelo DESCALVADO NEWS,
não possuem qualquer embasamento legal que autorize a manobra, deixando
de pagar assim boa parte do valores que devem ser recolhidos mensalmente através da Guia de Recolhimento do FGTS e de Informações Previdenciárias
- GFIP.
A GFIP é utilizada para o recolhimento do FGTS (Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço), e para disponibilizar à Previdência Social informações
relativas aos segurados, neste caso, os servidores públicos municipais.
Assim,
durante o período que
compreende os meses de novembro de 2012 à dezembro de 2013, a
Prefeitura pagava - sob a orientação da empresa Castellucci -, bem menos
daquilo que realmente devia à Previdência Social.
Ao tomar posse em
janeiro de 2014, o atual Prefeito Municipal Henrique Fernando do
Nascimento, determinou a suspensão imediata das compensações indicadas
pela Castellucci, voltando a pagar integralmente as guias de
recolhimento. Segundo o Prefeito Henrique, ele entende que o
procedimento é totalmente ilegal e além de prejudicar as finanças do
município, também poderá trazer dificuldades aos funcionários que irão
se aposentar, já que mesmo tendo descontados na sua folha de pagamento o
valor devido para o benefício, não tiveram seus recolhimentos
devidamente repassados à Previdência Social.
Na verdade, a
problemática do 'calote' na Previdência foi o grande desafio enfrentado
durante o ano de 2014 pela Prefeitura Municipal. Ocorre que em 2013, o
governo do ex prefeito interino Anderson Aparecido Sposito, além de não
pagar as contribuições previdenciárias, também inseriu no orçamento do
ano seguinte [como uma forma de 'receita a mais' no caixa da
Prefeitura], o dinheiro que deveria ser usado para o pagamento dos
impostos. Com isso, o
orçamento de 2014 acabou se tornando uma peça orçamentária totalmente
furada, já que previa o 'calote' como receita,
engessando todo o sistema contábil da Prefeitura Municipal no ano passado.
Com a determinação já no
primeiro dia do seu mandato de suspender imediatamente o calote ao
governo federal por entender ser ilegal, o governo Henrique voltou a
pagar normalmente as guias, sem as compensações indicadas pela
Castellucci. Somando-se a queda na arrecadação que atingiu praticamente
todos os municípios paulistas com o dinheiro que deixou de sobrar em
caixa por conta calote, a Prefeitura Municipal ficou, de um ano para o
outro, com cerca de R$
14,2 milhões a menos em seu caixa.
INTIMAÇÕES
- Em julho de 2014,
a Prefeitura Municipal já havia recebido uma
notificação da Delegacia da Receita Federal do Brasil [RFB] de Taubaté,
informando que após uma auditoria realizada nas compensações dos
pagamentos de GFIP's, foram detectadas irregularidades ocorridas entre
dezembro de 2009 e dezembro de 2013 [20 no total]. Ciente do problema, a
Prefeitura solicitou o adiamento do prazo de defesa, e
notificou os ex prefeitos Luís Antonio Panone e Anderson Aparecido
Sposito, para que também apresentassem suas defesas junto à RFB.
Ao enviarem suas
manifestações à
Procuradoria Geral do Município [PGM], ambos os ex prefeitos afirmaram
entender serem perfeitamente legais as compensações realizadas. Enfático, Luís Antonio Panone rechaçou o pedido de
defesa por parte da PGM, afirmando ainda que há decisões judiciais favoráveis
ao município de Descalvado, reconhecendo a legalidade das compensações.
Já o ex prefeito Sposito enviou à PGM uma grande quantidade de
documentos elaborados pela própria empresa Castellucci & Figueiredo,
afirmando que ali constava toda a defesa necessária para o processo. À PGM,
restou enviar a documentação para a Receita Federal e aguardar o desenrolar do
processo. Em nova
intimação enviada no último dia 12 de janeiro, a RFB cientificou a
Prefeitura de que após análise, constatou-se estarem lançadas ou
justificadas as diferenças encontradas em apenas 2 compensações [dezembro de
2009, no valor de R$ 71,11 e novembro de 2012, no valor de R$
204.086,95]. As outras 18 GFIP's restantes [que totalizam o montante de
R$ 10.085.587,36], foram consideradas injustificadas as compensações
realizadas. Na
mesma intimação, a RFB discorreu sobre a fundamentação legal da
compensação de débitos previdenciários, considerando indevidas os
abatimentos realizados pela Prefeitura Municipal, ordenando ainda que o
crédito tributário apurado seja pago através de uma DARF
[Documento de Arrecadação de Receitas Federais] no valor total de R$
13.574.264,71, composto pelo valor principal, mais multa de 20%, juros e
encargos. O documento ainda determina que o pagamento seja efetuado no
prazo máximo de 30 dias a contar do seu recebimento, porém prevê a
interposição de recurso no mesmo prazo, o que deverá ocorrer segundo
informações da PGM.
DANOS AO
MUNICÍPIO - Caso a
Prefeitura não quite o débito no prazo estipulado ou não apresente
provas da regularidade das compensações, a dívida de mais de R$ 13,5
milhões poderá ser inscrita na Dívida Ativa da União, levando o município
para a maior dificuldade da sua história.
Uma vez inscrito na Dívida
Ativa, a Prefeitura Municipal de Descalvado perderá suas certidões de
regularidade fiscal, entre elas a CND [Certidão Negativa de Débitos]
emitida pela Receita Federal. A CND é o documento obrigatório para a
formalização de convênios, recebimentos de recursos federais e
estaduais, e subvenções para programas nas áreas de educação, saúde e
assistencialismo. Sem a regularidade fiscal, o município deixará
de receber dinheiro destinado à programas que atendem toda a população.
Além disso, em casos
extremos onde há o entendimento durante a fase processual de que houve má fé por parte da
empresa que fez as compensações de forma indevida, o CNPJ [Cadastro Nacional de Pessoas
Jurídicas] pode inclusive ser suspenso, paralisando todas atividades
administrativas, jurídicas e financeiras do poder público municipal.
Segundo o Secretário
Municipal de Finanças, Geraldo Aparecido de Campos, não existe neste
momento mecanismo ou dinheiro para o pagamento da dívida. "Hoje nós não
temos nem previsão orçamentária para pagar esse valor, e nem recurso
financeiro. E se não pagarmos, isso pode acarretar em vários problemas
como o bloqueio do repasse do governo federal, bloqueio do repasse do
governo estadual, não vai sair as certidões negativas de débito, não
poderemos assinar convênios, ou seja, a Prefeitura para, porque tudo está em
cima das certidões negativas." explicou.
"A gente se atentou para
esse problema que poderia chegar a qualquer momento, e nos precavemos
tirando as certidões, que estão válidas até março. Agora temos que fazer
continuar com a nossa defesa e caso não tivermos êxito, vamos ter que
pedir o parcelamento da dívida, afim de não paralisar o funcionamento da
Prefeitura." disse ele.
CONTRATAÇÃO IRREGULAR
- Desde 2012, o Ministério Público Estadual vem investigando a
contratação do escritório de Advocacia Castellucci & Figueiredo por
diversas Prefeituras do estado de São Paulo. Segundo as investigações do
MP, a empresa era contratada por meio de dispensa de licitação, sob a
alegação de notória especialização, o que significa dizer que a empresa
seria a única capacitada a orientar as Prefeituras a fazer as
compensações. Desde o início das investigações, o MP apontou
irregularidades na contratação do escritório de advocacia em diversos
municípios. Em
Descalvado, a empresa foi contratada no final de 2012 também por
meio dispensa de licitação, o que foi questionado na justiça pelo
vereador Helton Venâncio, que pediu a imediata suspensão dos serviços e
dos pagamentos prestados pela Castellucci. Inicialmente, a justiça
acatou o pedido do vereador, que posteriormente teve a decisão revisada pelo Tribunal
de Justiça a favor da Prefeitura, logo no início de 2013.
Segundo informações, o
contrato entre a Prefeitura e a Castellucci previa o pagamento 'ad exitum', ou seja, a Prefeitura só poderia pagar pelo serviço depois que
as compensações estivessem devidamente reconhecidas, o que não
aconteceu. De fevereiro à dezembro de 2013, a Prefeitura Municipal
efetuou de forma antecipada e mensal, os pagamentos à empresa de
advocacia, que somados, chegam a quase R$ 1,8 milhões.
De acordo com o despacho do
relator Edison Brandão, da 4ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de
Justiça de São Paulo, o Ministério Público afirmou sobre a ilegalidade dos
serviços prestados pela Castellucci, uma vez que a empresa promove autocompensações de contribuições em favor das Prefeituras,
locupletando-se de 20% dos valores recolhidos a menor, sem o
pronunciamento prévio das autoridades fazendárias ou judiciárias a
respeito da
legitimidade do autoenquadramento e da autocompensação. Em razão disso,
o escritório construiu uma 'verdadeira engenharia jurídica' para
sustentar a desnecessidade da homologação prévia da Receita Federal ou o
trânsito em julgado para autocompensações, e, com isso, defendia a
singularidade de seu serviço, sem a necessidade de licitação para sua
contratação.
Todavia, relatou o representante do MP, a 'Castellucci Figueiredo e
Advogados Associados' não poderia ser contratada por meio de dispensa de
licitação sob a alegação de notória especialização, pois existem vários
escritórios de advocacia que militam nessas áreas e poderiam realizar
tal trabalho. Afirma, ainda, que tais serviços, posteriormente, por
serem 'ilegais', ensejam a instauração de processos administrativos
junto a Delegacia da Receita Federal, e também, o ajuizamento de ações
na Justiça Federal sobre a questão.
O relator do MP ressaltou
ainda, que os serviços prestados pela 'Castellucci Figueiredo e
Advogados Associados' consistiam pura e simplesmente em 'ensinar' os
servidores públicos municipais a preencherem as guias de recolhimento
das contribuições previdenciárias com os valores que seus sócios,
supunham devidos, mas
que, na verdade, acabaram engendrando diversos processos administrativos
e judiciais, em decorrência da ilegalidade das compensações tributárias.
"Desse modo, percebe-se que
os serviços prestados por tal empresa não passam de mero 'serviços
corriqueiros' e no tocante a propalada especialização do escritório
pautava-se nos 'serviços ilegítimos de compensação tributária por ela
oferecidos', os quais ensejaram vários processos administrativos e
judiciais em nada alterando o fato de que, ao tempo em que forem
julgados, a 'Castellucci Figueiredo e Advogados Associados' já terá se
locupletado de cerca de R$ 500.000.000,00 (meio bilhão de reais) pelas
autocompensações irregulares, com autorização dos prefeitos municipais e
de seus assessores, inclusive daqueles ora denunciados" descreveu o
relator Edison Brandão em 25 de agosto de 2014.
PANONE E SPOSITO
- A reportagem do site
DESCALVADO NEWS
manteve contato com os ex prefeitos Luís Antonio Panone e Anderson
Aparecido Sposito, para que eles comentassem a respeito da intimação e
da cobrança enviada esta semana pela RFB.
Indagado sobre de quem
teria sido a decisão de contratar a empresa Castellucci & Figueiredo
para proceder com as compensações previdenciárias, Panone disse que na
época recebeu do ex Secretário de Finanças a solicitação que apontava a
necessidade de uma revisão daquilo que era pago pela Prefeitura à
Previdência. "A contratação desta empresa foi feita a partir de uma
solicitação do então Secretário de Finanças, Dr. Wilson Scatolini, que
apontou a necessidade de serem revistos os valores previdenciários
recolhidos pela Prefeitura Municipal, e após parecer do então Procurador
Geral do Município, Dr. Sérgio Luiz Sartori, afirmando que tal
contratação poderia ser feita mediante inexigibilidade de licitação.
Vale ressaltar que este entendimento da Procuradoria acabou sendo
confirmado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo, que entendeu pela
legalidade da contratação, conforme decisão já transitada em julgado"
explicou Panone.
Com relação à legalidade das compensações, o ex prefeito disse que no
entendimento do escritório contratado, tais compensações são legais,
tanto que a Castellucci apresentou inúmeras decisões judiciais e
administrativas da própria Receita Federal acolhendo essas compensações.
Sobre a intimação para o
pagamento dos R$ 13,5 milhões, Panone entende que faltou justificativa
por parte da Prefeitura Municipal, quando do recebimento da primeira
intimação em julho do ano passado. "A Receita Federal intimou a
Prefeitura, mais uma vez, para que ela efetue o pagamento dos valores
compensados, ou para que justifique tais compensações. No meu
entendimento, a Prefeitura já deveria ter justificado antes, quando da
primeira intimação, as razões jurídicas que levaram o município a
efetuar tais compensações, utilizando-se dos argumentos apresentados
pelo escritório contratado. Infelizmente, ao que parece, a atual
administração assim não procedeu naquele momento, mas tem agora uma
segunda oportunidade de esclarecer, juridicamente, os motivos que o
levaram a efetuar essas compensações" disse ele.
Panone ainda ressaltou que na sua administração, não foi efetuado nenhum pagamento à Castellucci,
outra questão que vem sendo apurada pelo Ministério Público Estadual
pela razão da contratação da empresa sem a realização de uma licitação. "Todos os pagamentos feitos à empresa Castellucci se deram no ano de 2013, quando eu já não era mais o
Prefeito de Descalvado. Muito embora os meses de novembro e de dezembro
de 2012 tenham sido objeto de compensações, não efetuamos nenhum
pagamento à Castellucci, pois só o faríamos após termos certeza da
homologação, pela Receita Federal, de tais compensações. Ocorre, que
nosso governo se encerrou em dezembro de 2012 e a partir de janeiro de
2013, Descalvado passou a ter um novo Prefeito e uma nova Administração.
Somente eles podem responder as razões pelas quais tais pagamentos foram
efetuados" disse.
Enquanto ocupava o cargo de Presidente da Câmara no ano de 2014, Sposito, chegou a convocar uma reunião no
prédio do Poder Legislativo para que houvesse o esclarecimento entre as
partes envolvidas, com intuito de se debater a respeito da legalidade ou
não das compensações. Foram convidados para participar todas as pessoas
envolvidas no procedimento, os
representantes da empresa Castellucci & Figueiredo, além dos vereadores.
Do escritório de advocacia
Castellucci não compareceu ninguém e, nesse sentido, justificou a sua
ausência o ex prefeito Panone que, na indisponibilidade de
representantes da empresa, questionou que a pauta poderia ficar
prejudicada com trocas e apontamentos de responsabilidades, sem que se
chegasse a um consenso.
Também presentes na
reunião, alguns dos ex-secretários da administração interina afirmaram que os
procedimentos foram legais, tanto que tinham respaldo da Procuradoria Geral. Na
oportunidade, o ex prefeito Sposito afirmou: “Com respeito a compensação
do INSS, eu continuo entendendo que ela é devida, com base na própria
Receita Federal, de acordo com as decisões do Superior Tribunal de
Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal (STF), que já pacificaram essas
verbas. Estou tranquilo porque quando assumi a Prefeitura, como prefeito
interino, eu quis extinguir o contrato com a Castellucci & Figueiredo
Ltda., mas o Procurador Geral do Município da época, Sergio Luiz Sartori,
disse que havia aparato legal para continuar com o mesmo, por isso ele
não foi rescindido. Infelizmente, na reunião, também fez falta um
representante da empresa Castellucci & Figueiredo Ltda. bem como do
ex-prefeito Luís Antônio Panone que foram convidados e não compareceram,
e poderiam ter argumentado tanto a realização do contrato com a
Prefeitura como a compensação do INSS, pois eles também são partes
envolvidas no fato”.
Perguntado nesta
sexta-feira (16), se diante da cobrança de R$ 13,5
milhões por parte da RFB, o seu entendimento sobre a legalidade das compensações feitas continua sendo
o mesmo, Sposito disse:
"Eu só dei continuidade nessa compensação, porque o Sartori disse que
tinha que dar continuidade e era uma coisa legal, e aí depois eu cheguei
a ir com o Panone no escritório da Castellucci, e eles falaram que era tudo
legal" respondeu.
O ex prefeito interino
também foi questionado se ele poderia ter sido induzido ao erro pela sua
equipe de confiança ao proceder com as compensações. "Pode ter sido as
duas coisas! Posso ter sido induzido ao erro, assim como eu acho ainda que ela
pode ter sido legal. Então eu não posso falar se 'tá' errado ainda,
sem 'tá' finalizado isso 'né' " disse Sposito, que ainda explicou que deverá
buscar nos próximos dias uma orientação jurídica de seus advogados.
Outro questionamento feito
ao ex prefeito Sposito foi quanto ao destino dos mais de R$ 8 milhões compensados durante o ano de 2013,
período no qual ele esteve à frente do
Poder Executivo. "Um parte foi pago dívida 'né'! Nós compensamos oito
[milhões], tinha cinco e oitocentos de dívida, aí foi feito vários
investimentos na cidade 'né'! Terminamos creche, PSF, aquele posto do
Morada do Sol que tava parado, recapeamos um monte de rua e foram
comprados vários carros." disse o ex prefeito interino.
Por fim, Sposito disse que
a informação de que outros prefeitos de municípios paulistas estão tendo
seus bens bloqueados pela justiça para garantir o pagamento e o
ressarcimento aos cofres públicos, tanto do dinheiro pago à Castellucci
quanto da multa e dos juros dos valores devidos à Receita Federal, o
deixa bastante
preocupado. "Preocupa, mas a gente não sabe se 'tá' regular ou se não 'tá'
regular entendeu? Porque isso aí vai demorar anos ainda pra saber 'né',
se 'tá' regular ou se não 'tá' regular. É lógico que preocupa! Você
perder um real hoje é preocupante 'né'! Agora você imagina perder o que
você ganhou em dez anos?" concluiu Sposito.
AMDES
- Nesta quinta-feira (15) uma comissão formada por integrantes da
Associação dos Amigos de Descalvado [AMDES] esteve na Prefeitura
Municipal para tomar ciência do grave problema que o poder público
municipal deverá enfrentar por conta do calote na Previdência Social.
Daniel Bertini e Roberta
Valtorte compareceram no prédio da Prefeitura e ouviram do Diretor da
Gabinete, Mário Luiz Zambelli, do Secretário de Finanças Geraldo
Aparecido de Campos e do Secretário de Administração Leandro
Francisco Gomes Cardoso de que a situação é grave e necessita do
conhecimento e envolvimento de |
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toda a população. "É preciso que todos tomem conhecimento do problema,
pois a Prefeitura poderá enfrentar, a curto prazo, a mais séria de todas
as suas dificuldades, caso a dívida de treze milhões que está sendo
cobrada não seja paga e o município não receba mais verbas estaduais e
federais" disse Geraldo de Campos. |
"Esse problema envolvendo
as compensações e o caso Castellucci poderá se tornar uma nova briga
política no município, e por isso, o Prefeito Henrique me pediu para
convidar os membros da AMDES para expor tudo aquilo que está acontecendo,
solicitando a eles para que levem à população a informação de tudo o que
está acontecendo, de forma isenta, sem partidarismos e com o único propósito de informar, não
de polemizar" disse o Diretor de Gabinete.
Já os representantes da AMDES se mostraram muito preocupados com o que ouviram e
puderam constatar, e disseram que vão cobrar publicamente os
responsáveis pelo possível dano aos cofres públicos. Ao final da reunião,
os membros da Associação saíram com duas importantes perguntas a serem
respondidas
nos próximos dias: Cadê o dinheiro dos impostos que não foram pagos nos
anos de 2012 e 2013, e como a Prefeitura vai pagar essa conta?
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