tiveram receita
real de R$ 46,9 bilhões, R$ 2,4 bilhões a menos do que no mesmo
mês de 2014 e R$ 2,7 bilhões acima do de fevereiro deste ano.
Na análise por
setores, a indústria apresentou discreto aumento no faturamento
em março de 2015 ante março de 2014, de 0,7%. O comércio ficou
estável com variação positiva de apenas 0,1% no mesmo período.
Já os serviços registraram redução de 12,2%.
A queda no setor
de serviços foi acentuada pela base de comparação um pouco mais
forte, já que em março de 2014 foi o único setor a ter resultado
positivo, enquanto indústria e comércio apresentaram queda real
na receita. Também contribuiu para o recuo a redução de receita
do segmento de serviços prestados a empresas (cobrança,
telemarketing, serviços jurídicos e de contabilidade, entre
outros).
“Há uma
combinação terrível de fatores a prejudicar o desempenho das
micro e pequenas empresas”, afirma o presidente do Sebrae-SP,
Paulo Skaf. “Os pequenos negócios têm sofrido com a baixa
confiança do consumidor, o aumento do desemprego, a queda do
rendimento real dos trabalhadores, a inflação elevada e o
impacto das medidas para ajustar a economia brasileira. Com esse
conjunto, infelizmente, não é surpresa que o faturamento das
micro e pequenas empresas tenha caído.”
A má fase da
economia não poupou nenhuma região do Estado. O Grande ABC
amargou o pior quadro, uma diminuição de 8,5% no faturamento em
março de 2015 ante março de 2014. O interior do Estado também
amargou sensível queda em igual período, de 7,5%. No município
de São Paulo, o faturamento das MPEs caiu 5,1% e na Região
Metropolitana de São Paulo o recuo foi de 2,2%.
TRIMESTRE
- No primeiro trimestre deste ano, o faturamento das MPEs
diminuiu 12,8% em relação aos três primeiros meses do ano
passado.
No mesmo
período, houve variação de -0,1% no total de pessoal ocupado
(sócios-proprietários, familiares, empregados e terceirizados)
ante igual período de 2014.
A folha de
salários, na mesma comparação, ficou 2,9% menor e o rendimento
(salários e outras remunerações) dos empregados baixou 1,6%.
EXPECTATIVAS
- Em abril, os donos de MPEs paulistas, na sua maioria (59%),
disseram esperar estabilidade no faturamento de seus negócios
nos próximos seis meses. Em abril de 2014, 57% tinham essa
expectativa. Os que acreditam em melhora são 21%, ante 27% no
mesmo mês do ano passado e aqueles que imaginam piora são 11%
sobre 7% de um ano antes.
Quanto à
economia brasileira, 39% dos proprietários de MPEs apostam em
estabilidade nos seis meses seguintes. Esse grupo era de 48% em
abril do ano passado. Já a parcela dos que acreditam em piora
aumentou de 26% para 38%. Os que falam em melhora eram 19% e
agora são 14%.
“A situação ruim
da economia continua impactando negativamente nos resultados das
micro e pequenas empresas. O desaquecimento do mercado interno,
do qual os negócios de pequeno porte são muito dependentes,
atinge diretamente o caixa”, diz o diretor-superintendente do
Sebrae-SP, Bruno Caetano. “Nesse contexto, os empreendedores
tendem a ficar menos esperançosos com relação ao futuro e não se
sentem seguros para dar passos mais largos. Ao que parece, a
tônica é manter o que se tem e tentar minimizar as perdas, já
que o faturamento tem caído seguidamente.”
PESQUISA - A
pesquisa Indicadores Sebrae-SP é realizada mensalmente, com
apoio da Fundação Seade. São entrevistados 2.716 proprietários
de MPEs do Estado de São Paulo por mês. No levantamento, as MPEs
são definidas como empresas de comércio e serviços com até 49
empregados e empresas da indústria de transformação com até 99
empregados, com faturamento bruto anual até R$ 3,6 milhões. Os
dados reais apresentados foram deflacionados pelo INPC-IBGE.
*Colaborou:
Ana Laura Fiochi / Máquina da Notícia PR a Serviço do Sebrae-SP
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