a situação exige
que as próximas estações
chuvosas registrem 25% acima da média histórica para que o rio
se recupere.
“Ele está em uma
situação um pouco melhor em relação a maio do ano passado. Porém
devemos lembrar que maio de 2014 estava em uma situação muito
crítica. Então, se por um lado é otimista ver o rio nessa
situação, por outro não é tão otimista assim, já que a
referência do ano passado é muito ruim”, comentou.
Contudo, a
expectativa para o futuro não é boa e será preciso muita chuva
para que haja uma recuperação total, o que só deve ocorrer em
três anos. “O ideal seria que na estação chuvosa de 2014 e 2015
tivéssemos chuvas 25% acima da média história. Essa estação
tivemos apenas 9% acima da média. Então, para os próximos dois
ou três anos, precisamos ter muito mais do que 25% de chuva para
que ele se recupere”, explicou Sussel.
CRISE HÍDRICA
- A crise hídrica do Rio Mogi Guaçu teve início entre os meses
de outubro e março dos anos 2012 e 2013, durante a chamada época
das chuvas, que não vieram. O mesmo ocorreu na estação chuvosa
seguinte, em 2014, quando os registros foram 24% menores do que
o esperado, o pior nível em 50 anos. O fato fez com que a
paisagem no rio mudasse drasticamente, fazendo desaparecer a
água no trecho da Cachoeira de Emas e expondo as pedras do
leito. Apenas no começo de 2015 é que as estatísticas voltaram a
ficar positivas, com as chuvas de fevereiro a março 54% acima da
média histórica.
O pescador Nivaldo
Massari está ansioso por dias melhores para o rio. Nesta
quinta-feira (7), pescou apenas um mandi, mas espera fartura de
água e peixes. “Ficou muito tempo baixo, então fica muito lodo
no fundo e os peixes não sobem, então se der uma enchida é
melhor”, falou.
*Fonte: G1/São
Carlos / Foto:
Mário Zambelli
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