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A
Polícia Civil de São Carlos está investigando um suposto golpe
que ocorreu na cidade contra empresas que revendem equipamentos
oftalmológicos e ginecológicos. O 1º Distrito Policial,
comandado pelo delegado Mauricio Antônio Dotta e Silva, apurou
que um falso médico comprava os aparelhos e repassava para um
comparsa do Distrito Federal, ao menos quatro máquinas que foram
usadas no esquema.
O
Delegado disse que a investigação começou após denúncia das
revendedoras. Na hora de realizar a compra o falso médico
passava o nome de um pintor que está preso em Araraquara. “São
empresas idôneas, tanto que ajudaram nas |
investigações. Elas
venderam as máquinas, que custam cerca de R$ 77 mil, e depois não
encontraram mais o sujeito, ficando no prejuízo, explicou o delegado.
As investigações chegaram
até o suspeito após analise das imagens das câmeras de segurança da Casa
de Saúde, pois uma das máquinas foi entregue no estacionamento da
unidade, mas a mesma não tem participação no golpe. “Ninguém da Casa de
Saúde está envolvido nisso, também não tem ligação com pacientes”,
ressaltou o delegado.
Na última sexta-feira
(13), a Polícia Civil foi até a casa do suspeito e encontrou outros
aparelhos em uma espécie de galpão, que foi lacrado. Para a Polícia, o
acusado disse ser proprietário de uma empresa que realiza manutenção
nesses tipos de equipamentos, apresentando CNPJ e demais documentos. “O
rapaz é bem articulado, informou que foi buscar a máquina no
estacionamento da Casa de Saúde, porque o homem pelo qual ele se passava
telefonou e pediu”, explicou Dotta e Silva.
O suspeito não foi preso
pois, segundo o delegado, o crime de estelionato não permite prisões
temporárias. O comparsa que recebia as máquinas em Brasília já está
sendo investigado no 24º DP da Capital Federal. O homem será indiciado
por estelionato continuado, sendo que a pena para este tipo de crime é
de 1 a 5 anos de reclusão, podendo ser agravada caso o juiz some todos
os casos denunciados.
*Com informações do Jornal Primeira Página
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