orçamento do Ministério da
Saúde devem comprometer o programa no ano que vem. O projeto que está no
Congresso não tem nenhum recurso previsto para manter os descontos nas
farmácias. O
Ministério da Saúde confirma a informação. Em nota, diz que a proposta
de orçamento para o ano que vem prevê um corte de R$ 578 milhões no
programa, o que vai ter impacto direto na oferta de remédios com
desconto, que deixará de existir. E que isso deve sobrecarregar as redes
municipais e estaduais de saúde. Mas o Ministério afirma que está
trabalhando para tentar reverter essa situação e encontrar novas fontes
para financiar o programa.
O governo também explica
que uma parte importante do Farmácia Popular não foi atingida pelos
cortes. E está mantida para o ano que vem a gratuidade para vários
remédios que tratam hipertensão, diabetes e asma.
Só para se ter uma ideia
de quanto o fim deste programa pode pesar no orçamento das famílias,
veja no exemplo de um remédio que é usado no tratamento de colesteral
alto: uma caixinha dá para um mês; se for comprado no programa Farmácia
Popular, ele sai a menos de R$ 2. Sem o desconto, pode chegar a R$ 70.
As farmácias que têm
convênio com o programa também estão preocupadas porque recebem dinheiro
do governo para compensar os descontos. Para a Associação Médica
Brasileira, a estratégia do governo com esse corte pode ser um tiro no
pé porque, sem os descontos, muita gente pode interromper tratamentos,
alerta um representante da AMB. “O índice de doença aumenta, aumenta a
internação, aumenta a despesa do governo, aumenta a despesa do
hospital”.
Na nota divulgada, o
Ministério da Saúde diz que trabalha para solucionar o problema e admite
que a situação preocupa e traz riscos à manutenção do SUS, o Sistema
Único de Saúde.
*Com informações do
G1
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