o dia 20, os bancos
vinham insistindo em apresentar propostas de reajuste abaixo da
inflação. Primeiro foram 7,5%, depois 8,75%: índices que não
chegam sequer a repor a inflação de 9,88% (INPC). Antes das
rodadas finais de negociação, a proposta apresentada foi de
5,5%, muito além da expectativa de um possível acordo e muito
distante da proposta apresentada no ano passado, onde a
categoria teve 7 dias de greve.
Aldo Luis Rocha,
Diretor do Sindicato dos Bancários de Piracicaba e Região e
Delegado na Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso
do Sul, ressalta que o processo de mobilização começou a ser
construído já em 2014. “Nós formamos esse processo desde o ano
passado, a greve é só parte dessa ação por conta da
intransigência dos banqueiros. Trabalhamos a comunicação, a
sensibilização dos bancários em relação às reivindicações e aos
temas da Campanha Salarial, a população e clientes, e em um
determinado momento, teve a necessidade da paralisação. A
categoria se aborreceu muito com a proposta de 5,5% e se viu na
necessidade de ir à luta por uma proposta melhor. O índice dos
bancos foi provocativo e desrespeitoso e fundamental para essa
mobilização histórica da categoria com a paralisação de mais de
12 mil agencias no país”, comenta.
“Essa proposta
de 10% foi um avanço considerável, sabemos que o trabalho
realizado e o desempenho dos lucros dos bancos, a categoria
bancária merece muito mais”. Afirma Aldo.
21 DIAS DE
GREVE -
Com o resultado da campanha, em 12 anos a categoria vai acumular
20,83% de ganho real nos salários, 42,3% nos pisos e 26,30% nos
vales. Além disso, estão mantidas conquistas importantes, como o
vale-cultura, o abono-assiduidade, a licença-maternidade
ampliada, a igualdade de direitos para casais homoafetivos,
ressalta Aldo.
Após a
apresentação da proposta de remuneração, o maior impasse durante
as negociações foi a compensação ou o desconto dos dias parados.
Os banqueiros aceitaram abonar 63% das horas dos trabalhadores
de 6 horas, de um total de 84 horas, e 72% para os trabalhadores
de 8 horas, de um total de 112 horas.
PLR - BANCO
HSBC NO BRASIL
- Aldo, explicou que as negociações foi motivado pelo HSBC estar
saindo do Brasil e ter atingido uma lucratividade baixa neste
ano. “A PLR dos trabalhadores deve ter valor irrisório, em torno
de R$ 250, por isso negociamos mais esse pagamento de R$ 3 mil,
que será efetuado em parcela única, junto com a primeira parcela
da PLR, o que deve acontecer em até dez dias após a assinatura
do acordo”, afirmou. O valor será pago aos funcionários que
estão nos níveis de 13 a 24. Segundo o HSBC, 71% dos bancários
terão direito a receber os R$ 3 mil.
REAJUSTE DA PLR
(Participação nos Lucros e Resultados):
10% REGRA: 90% do salário reajustado em 10% mais R$ 2.021,79,
limitado a R$ 10.845,92. Se o montante distribuído entre os
bancários for inferior a 5% do lucro líquido do banco em 2015, o
valor será aumentado até atingir os 5% ou 2,2 salários do
empregado (o que ocorrer primeiro), com teto de R$ 23.861,00.
PARCELA
ADICIONAL:
2,2% do lucro líquido dividido entre todos os funcionários, até
o limite individual de R$ 4.043,58. Antecipação da PLR: a
primeira parcela será paga em até dez dias após a assinatura do
acordo e a segunda até 1º de março de 2016.
REGRA BÁSICA:
Serão pagos 54% do salário mais fixo de R$ 1.213,07, limitado a
R$ 6.507,55 e ao teto de 12,8% do lucro líquido do banco (o que
ocorrer primeiro) apurado no primeiro semestre deste ano.
REGRA
ADICIONAL:
O adicional de PLR corresponderá a 2,2% do lucro líquido do
primeiro semestre de 2015 dividido igualmente entre os
trabalhadores, com o teto de R$ 2.021,79.
*Fonte:
Sindban
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