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O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu nesta terça-feira
(7), sua projeção de
crescimento econômico do Brasil neste ano e em 2015, ao mesmo tempo em que
elevou a expectativa de inflação em meio à menor confiança dos agentes
econômicos. Em seu relatório "Perspectiva Econômica Global", o FMI estimou que o
Produto Interno Bruto (PIB) do país vai crescer apenas 0,3% em
2014 - na projeção anterior, a expansão esperada era
de 1,3%. Para 2015, a expectativa é de 1,4% de aumento, 0,6
ponto porcentual menor do que no relatório de julho.
"A fraca
competitividade, baixa confiança empresarial e condições
financeiras mais apertadas, restringiram o investimento, |
e a moderação
contínua no emprego e no crescimento do crédito têm pesado sobre
o consumo", destacou o FMI em nota.
A revisão dos dados
aconteceu depois que o Brasil entrou em recessão no primeiro
semestre, com forte retração nos investimentos e na produção da
indústria, às vésperas das eleições presidenciais. O FMI vê
recuperação moderada da atividade em 2015, "conforme as
incertezas políticas que cercam as eleições presidenciais deste
ano se dissipam". Disputarão o segundo turno do pleito a atual
presidente Dilma Rousseff (PT) e o candidato do PSDB, Aécio
Neves.
As projeções do
órgão internacional são um pouco mais otimistas do que as de
analistas consultados pelo Banco Central para a pesquisa Focus.
Eles veem expansão de 0,24% do PIB neste ano e de 1% em 2015.
O FMI também
diminuiu suas projeções para o crescimento das economias
emergentes como um todo: elas passaram de 4,6% para 4,4% para
2014 e de 5,2% para 5% em 2015.
Para a economia
global, as contas também foram mais pessimistas, com o FMI vendo
expansão de 3,3% neste ano e 3,8% no próximo. Em julho, esperava
crescimento econômico de 3,4% e 4%, respectivamente.
INFLAÇÃO
- O FMI também piorou suas estimativas para a inflação neste e
no próximo ano, destacando diminuição da demanda do consumidor e
repressão dos preços administrados, que mantém o Índice de
Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) próximo ao teto da meta do
governo (de 6,5%). Agora o FMI projeta a inflação ao consumidor
em 6,3% em 2014 e em 5,9% em 2015, contra 5,9% e
5,5% respectivamente no relatório anterior.
Em meio a esse
cenário, o FMI piorou suas estimativas para a taxa de desemprego
no Brasil em 2015, passando a 6,1%, frente a 5,8% esperados até
então. Para este ano, a mudança foi mais sutil, com leve baixa
de 0,1 ponto percentual nas contas, a 5,5%.
O FMI projetou
ainda que o déficit em conta corrente do Brasil ficará em
3,5% do PIB neste ano e em 3,6% no próximo, com pouca diferença
entre, respectivamente, déficits de 3,6% e de 3,7% projetados
anteriormente.
*Com
informações de Veja.com
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