Uma parceria entre a
Fazenda Agrindus, em
Descalvado, e
a Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos, desenvolveu uma técnica
sustentável de reaproveitamento dos efluentes utilizados para a limpeza
das instalações do gado, revertendo-os para a fertirrigação. A
economia de água diária chega a 20 mil litros por hectare, considerando
a evapotranspiração do solo e a demanda da planta.
A partir de agora, as áreas
fertirrigadas não precisam mais de água durante a seca, uma vez que
recebem efluentes reaproveitados. Com a medida, não há necessidade de
tratamento posterior para o lançamento dos efluentes em cursos d’água.
Segundo o pesquisador da Embrapa, Júlio Palhares, o monitoramento da
qualidade dos efluentes é feita periodicamente e, há cerca de um ano,
consiste na realização de coleta de amostras e testes de laboratórios
para detecção da quantidade de elementos como nitrogênio, fósforo e
potássio. “A
concentração desses elementos em níveis controlados são essenciais para
a fertilização das pastagens e do milho cultivados na fazenda”, explicou
Palhares. Com a
parceria, a Agrindus realizou reformulações do sistema de
reaproveitamento de efluentes, já que no método anterior a área de
aplicação era de 35 hectares e a fertirrigação era feita em pontos fixos
a cada 24 horas. “Atualmente, a área foi ampliada para 110 hectares e a
distribuição dos efluentes é feita por pivôs centrais específicos para
dejetos líquidos”, explicou o diretor da Agrindus, Roberto Jank Junior.
O sistema de
reaproveitamento retira, através de um separador, a maior parte dos
sólidos dos efluentes que resultam da lavagem dos galpões das vacas,
sendo estes utilizados na fertilização das áreas agrícolas. A parte
liquida restante é distribuída na área agrícola através do sistema de
fertirrigação por pivô central. Além disso, os galpões das vacas e de
ordenha também possuem sistemas de captação de água da chuva dos
telhados para utilização na lavagem das instalações.
*Fonte: G1/São Carlos /
Fotos: Divulgação
|