Desde o primeiro dia do ano até as 17h00 desta quarta-feira
(03), cada descalvadense pagou o equivalente a pouco mais de R$
1.200,00 mil somente em impostos. É o que mostra o Impostômetro,
da Associação Comercial de São Paulo e do Instituto de
Planejamento e Tributação.
Somente neste ano
já foram arrecadados na cidade cerca de R$ 33,58 milhões em
tributos e impostos municipais, federais e estaduais. O valor
corresponde a pouco mais de R$ 208,4 mil de arrecadação por dia.
Em termos nacionais, o recolhimento de impostos bateu a casa de
R$ 868,36 bilhões, desde o dia 1º de janeiro.
De acordo com o
Impostômetro, com o valor arrecadado neste ano pelo município de
Descalvado, daria para pagar mais de 46.400 salários mínimos;
construir mais de 960 casas populares; construir 117 postos de
saúde equipados ou ainda contratar mais de 2.089 policiais por
ano.
O grande
problema acaba não sendo o valor pago com os impostos, mas sim a
falta de contrapartida. Do total de impostos pagos pelos
contribuintes, apenas uma pequena parte retorna para o seu
município. O atual
sistema
tributário do Brasil onera consideravelmente os contribuintes,
ao dividir entre a União e o Estado a maior fatia desses
impostos. Para os municípios, somente uma pequena parcela acaba
retornando. A federalização do dinheiro arrecadado tem sido uma
das maiores dificuldades dos municípios brasileiros atualmente,
visto que na contra-mão deste conta, vem ocorrendo cada vez mais
a municipalização dos serviços públicos.
Para os
economistas, a alta carga de impostos, embutida em produtos e
serviços, dificulta o desenvolvimento da economia. Em um cenário
de crise econômica e de forte recessão, as indústrias estão
produzindo menos, o comércio varejista se queixa do baixo volume
de vendas, e o desemprego voltou a ser uma das grandes
preocupações dos brasileiros.
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