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				O Tribunal de 
				Contas [TCE] e o Tribunal de Justiça [TJSP] do Estado de São 
				Paulo condenaram o ex prefeito José Carlos Calza a devolver aos 
				cofres da Prefeitura Municipal, a importância aproximada de R$ 
				250 mil, referente ao pagamento das subvenções [salários] 
				realizados de forma indevida à secretários que 
				trabalharam durante a administração municipal no ano de 2008. 
				As condenações 
				foram assinadas no dia 31 de março e publicadas no Diário 
				Oficial do Estado de São Paulo. De acordo com as duas sentenças, durante o exercício de 2008 
				o governo Calza efetuou pagamentos a maior 
				para os seus secretários municipais. O ex prefeito já havia sido 
				condenado por ter cometido a mesma irregularidade um ano antes, 
				durante o exercício de 
				2007. 
				De acordo o 
				auditor do TCE, Samy Wurman, após análise das contas de 2008 do 
				governo Calza, verificou-se que alguns servidores efetivos 
				ocuparam o cargo de Secretário Municipal, recebendo, além do 
				montante equivalente ao subsídio fixado para a função, todos  | 
			
			
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				os valores relativos à vantagens pessoais dos respectivos cargos de origem. 
				"No entendimento da 
				equipe técnica da Unidade Regional de Araraquara, tal 
				procedimento estaria em desacordo com o regime de subsídios dos 
				agentes políticos [secretários municipais], acarretando 
				pagamentos a maior, conforme os demonstrativos expostos 
				[a prestação de contas da administração municipal]", descreveu o 
				auditor do TCE. 
				
				Na 
				
				
				senteça do 
				TCE, o auditor diz que ao assumirem os cargos de secretário 
				municipal, os servidores concursados deveriam ter optado entre a 
				remuneração ordinária de suas funções, com todas as vantagens 
				pessoais agregadas, ou o subsídio legalmente fixado para o cargo 
				de secretário. Ainda de acordo com a sentença de Wurman, na 
				condenação imposta ao ex prefeito em razão da mesma prática 
				irregular durante o ano de 2007, o Ministério Público acatou a 
				defesa dos secretários, e entendeu ser 
				indevida a restituição por parte deles dos valores recebidos a 
				maior. "Tais agentes não agiram de má-fé, não podendo, assim, 
				ser responsabilizados por atos e procedimentos adotados pela 
				administração", explicou. 
				
				Assim, tanto o TCE 
				quanto o TJSP, isentaram os ex secretários municipais do ressarcimento aos cofres públicos pelos 
				valores recebidos indevidamente. Já o ex prefeito acabou sendo 
				condenado, em ambos os Tribunais, à devolver integralmente [com 
				juros e atualizações], os valores pagos irregularmente. De 
				acordo com a 
				
				sentença do TJSP, os valores pagos a mais em 
				2008 totalizaram R$ 173.397,80, que atualizados 
				conforme a Tabela Prática do próprio Tribunal, ultrapassa o 
				montante de R$ 
				247 mil. 
				A sentença do 
				auditor Samy Wurman condenou o ex prefeito Calza a recolher aos 
				cofres da Prefeitura Municipal - no prazo de 30 dias a contar 
				do recebimento da notificação -, a integralidade das quantias 
				indicadas pela unidade de cálculos da Assessoria Ténica do TCE. 
				O 
				DESCALVADO NEWS 
				entrou em contato com Calza para saber se ele já havia recebido 
				a notificação e se irá ressarcir o dinheiro para a Prefeitura 
				Municipal. Segundo o ex prefeito, o Tribunal de Contas não 
				condena, apenas emite pareceres favoráveis ou desfavoráveis. Com 
				relação à condenação feita pelo TJSP, o ex prefeito disse que o 
				processo é objeto de ação imposta pelo Ministério Público nos 
				anos de 2007 e 2008, e que a sua assessoria jurídica ainda 
				trabalha na sua defesa. 
				"Estamos nos 
				defendendo na justiça comum, e o Tribunal [de Contas] já foi 
				informado das minhas defesas na justiça. E tenho ainda mais 
				defesas em outras esferas se necessário for. Mas tenho certeza 
				que sairei vencedor de mais uma", disse o ex prefeito. 
				Perguntado se ele 
				acha injusta a condenação, Calza foi categórico em sua resposta: 
				"Injusta ela é, porque os secretários foram eximidos desse 
				pagamento, e quem recebeu na verdade foram eles. Mas [é] essa 
				linha [que] a nossa defesa trabalha", finalizou. 
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