No início deste ano atendendo uma representação da delegada
titular da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), Denise Gobbi
Szakal, a 2ª Vara Criminal expediu mandado de prisão temporária
contra o casal que teria empreendido fuga de São Carlos. O casal
foi preso ainda dormindo em uma residência, localizada no bairro
Livramento, em Buritama.
DENÚNCIA
- No início da noite do dia 31 de dezembro de 2013, por volta
das 18 horas, uma tia da criança chamou policiais militares na
rua Bernardino de Campos, na Vila Prado, onde acusou a dona de
casa Cássia Amaral de Souza Redondo, e seu amásio, o detetive
particular David de Souza Toneto, de violentarem a sobrinha.
Segundo a testemunha a última seção do ritual macabro contra a
sobrinha teria ocorrido na penúltima noite de 2013, por volta
das 20 horas. A testemunha diz que o detetive com ajuda da mãe
da menina teria estuprado a menina e para auxiliar na violência
sexual a mãe da menina ainda teria introduzido os dedos na
vagina da filha para facilitar a penetração do pênis do amásio,
pois segundo a mãe ela pretendia que a criança iniciasse sua
vida sexual cedo e com seu parceiro. No último dia do ano o
casal foi detido e David, ao ser ouvido negou o crime dizendo
que não teria penetrado na criança, porém alegou que assistiu a
amásia violentar a própria filha e diz que não intervia, pois
tinha medo de uma separação. Já Cássia, mesmo dizendo que
estaria arrependida confessou a introdução dos dedos no órgão
genital da filha e dizia que seria para lacerar (alargar) a
vagina da menina. Mesmo os policiais acostumados com tanta
violência ficaram estarrecidos com a confissão da mãe e a
detiveram com o amásio encaminhando ambos para o Plantão da
Polícia Civil e transportando a menina para a Santa Casa de
Misericórdia de São Carlos, onde a mesma foi internada no setor
de pediatria para cuidados especializados.
EXAMES
- Ao tomar conhecimento do bárbaro crime, o delegado Marco
Aurélio Gonçalves Costa manteve contato com um médico
plantonista que atendeu a criança, o qual relatou que o hímen da
menina teria se rompido e acreditava que a criança teria sido
abusada sexualmente, porém o médico se negou a fornecer o laudo
conclusivo por acreditar que este fato deveria ser analisado por
médicos legistas e peritos criminais. Diante dos fatos o
delegado acionou um dos médicos do Instituto Médico Legal (IML)
de São Carlos, o qual se dirigiu a Santa Casa e após também
analisar a criança confirmou a laceração do hímen, dizendo ainda
que este fato teria sido recente e a violência ainda teria
deixado hematomas no órgão genital da criança. O legista ainda
informou a autoridade policial que precisaria fazer exames
complementares e mais detalhados para elaborar um laudo
conclusivo oficial sobre a violência na criança, mas, orientou o
delegado a manter a criança internada, bem como determinou que
fosse ministrado na menina medicamentos anti-retroviais para
combater doenças sexualmente transmissíveis, inclusive o HIV.
CONFISSÃO
- O delegado Marco Aurélio Gonçalves Costa ouviu as alegações do
detetive David de Souza Toneto, 32, que negou ter violentado a
menina embora confirmasse que a mulher teria pedido e até
introduzido os dedos na própria filha. Em suas declarações a
dona de casa Cássia Amaral de Souza Redondo, 37, confessou que
violentava a filha e seria uma pessoa extremamente depressiva e
que aos 9 anos também teria sido violentada. Como ambos não
foram flagrados violentando a menina pelo final da noite do
último dia de 2013, o delegado diante de tanta violência contra
a criança comunicou o fato a um Juiz do Plantão Judiciário de
São Carlos, informando que iria representar pela “prisão
preventiva” do casal em face da confissão da mãe e do relato da
tia que foi arrolada como a principal testemunha do caso. Já
pelo início da madrugada do primeiro dia de 2014, o Juiz
ponderou sobre todas as análises da polícia judiciária (Polícia
Civil), questionando sobre os exames pertinentes ao crime e
desta forma sem um laudo oficial de consumação, o Juiz do
Plantão Judiciário orientou o delegado Marco Aurélio Gonçalves
Costa a realizar todos os levantamentos pertinentes ao bárbaro
crime e após qualificar o casal que deveriam ser investigados
pela DDM.
PRISÃO
TEMPORÁRIA
- O delegado Marco Aurélio Gonçalves Costa não teve outra
alternativa a não ser colocar mãe e padrasto em liberdade, bem
como pela manhã relatou todos os detalhes do bárbaro crime á
delegada Denise Gobbi Szakal, titular da Delegacia de Defesa da
Mulher (DDM) que assumiu os trabalhos no Plantão da Polícia
Civil e após analisar todas as providências tomadas para
preservar a criança, a delegada encaminhou a representação da
“prisão preventiva”, formulada pelo delegado Marco Aurélio
Gonçalves Costa ao Plantão Judiciário de São Carlos.
Após analisar
todas as informações um Juiz substituto de São Carlos, no final
da tarde do primeiro dia de 2014 expediu o mandado de “prisão
temporária” do casal para que a Delegacia de Defesa da Mulher (DDM),
concluísse as investigações e apurasse o que ocorria no interior
da residência do casal, há quanto tempo a criança era
violentada, se os dois teriam participado do crime, bem como o
Juiz pedia a preservação total da criança e que a mesma fosse
acompanhada inicialmente pelo Conselho Tutelar de Menores, com
apoio de um familiar e com a supervisão da titular da DDM que
deveria comunicar o Ministério Público e a 2ª Vara Criminal
sobre as investigações.
Durante o início
da noite do primeiro dia de 2014 a Delegacia de Defesa da Mulher
(DDM), tentou localizar o casal em vários pontos de São Carlos,
porém os mesmos já teriam deixado a cidade. Há cerca de quinze
dias a Justiça Criminal prorrogou o pedido de prisão temporária
dos acusados que seguiam desaparecidos e a Delegacia de Defesa
da Mulher (DDM) trabalhando em sigilo e com algumas informações
buscava o momento certo para deter a dona de casa Cássia e seu
amásio, David, que se movimentavam a cada investida da Polícia
Civil.
Porém na manhã
da segunda-feira (24), por volta das 6h30 uma equipe do Grupo de
Operações Especiais (GOE-20) da Polícia Civil de Buritama,
coordenada pelo delegado Paulo de Tarso Leite de Almeida Prado
seguiu para uma residência localizada na rua Joaquim Pereira
Rosa, no bairro Livramento, a qual foi cercada e no momento em
que os investigadores invadiram a moradia surpreenderam Cássia e
David ainda dormindo. Os dois após serem cientificados do
mandado de prisão temporária expedido pela Justiça Criminal de
São Carlos, foram encaminhados a delegacia da cidade e
posteriormente passaram por exames de corpo de delito e por
volta das 10 horas, o detetive particular David de Souza Toneto,
32, foi encaminhado para o Centro de Triagem (CT) de Penápolis e
a dona de casa Cássia Amaral de Souza Redondo, 37, com escolta
de policiais civis femininas foi encaminhada para a cadeia
feminina da cidade de General Osório, também na região de
Araçatuba.
A delegada
Denise Gobbi Szakal informou irá transferir o casal para São
Carlos e na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), ela deverá
ouvir principalmente David, que nega o crime porém a esposa
teria dito que ele participava dos rituais. Ele deverá
permanecer preso em cela separada no Centro de Triagem (CT) de
São Carlos e Cássia deverá ser transferida para cadeia feminina
de Ribeirão Bonito. A delegada espera ainda nesta semana relatar
o inquérito policial com o recebimento de outros laudos e poderá
ainda concluir os trabalhos com o pedido de Prisão Preventiva
para que o casal aguarde a decisão da Justiça Criminal.
*Com
informações de Porto Ferreira Hoje
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